10 de fevereiro de 2010

Revesus

O contrário, o avesso, simples aparência
Não decido se te esqueço ou te mantenho em latência
O sopro futuro me lembra o passado
Um salto no escuro, um adeus atrasado

O contrário, o avesso, o fim e o começo
Minutos são horas enquanto adormeço
Um sonho é um momento do lado de dentro
Imagens, idéias de medo ou de alento

Ao contrário, no avesso, incerta aparência
Parece com algo, mas apenas na essência
Horas são minutos? Vivência de amor!
E minutos são horas em meio a dor

O contrário, o avesso, não tão simples assim
Confusão de sentidos a espera do fim
O lado certo, o lado errado, diferentes formas de ver
O lado de dentro e o de fora são recortes do viver

O avesso do contrário, o visível natural
O contrário do avesso, apenas a forma original
O mover do pensamento, o virar e o revirar na mente
Idéias soltas são símbolos do tudo que se sente

Ao contrário do agora
Pelo avesso de outrora
O esforço de mexer
No desejo de entender

O claro e o contraditório
Que constitua a lembrança
De um sentido ressentido
Que movimente a balança

4 comentários:

Karol disse...

Só digo isso: adorei!

Dd. Navarro disse...

Que bom que vc gostou da minha associação mais do que livre, uma expressão direta do meu inconsciente em forma de poesia.
Só falta me ajudar a analisar!
Beijos!

Cris disse...

Li algumas passagens do seu blog e me deliciei.
Beijos!!!

Dd. Navarro disse...

Oi querida, que bom que gostou...volte sempre, beijos!!!