23 de janeiro de 2011

Noite do Fado: Quinta di Olivardo

No segundo sábado do mês o restaurante Quinta di Olivardo fica movimentado com o evento: Noite do Fado.


Uma noite na qual não apenas o menu fica especial com o caprichadíssimo prato de bacalhau, mas também a atmosfera do local que envolve os presentes ao som do autêntico fado português, interpretado por duas cantoras sensacionais de vozes e charme invejáveis.


O restaurante Quinta di Olivardo inaugurado em 2007, foi o primeiro restaurante português do Roteiro de Vinho de São Roque  - SP e é conhecido pela qualidade de sua culinária.


Antes disso, os donos mantinham apenas uma vinícola, que logo foi complementada por um quiosque de produtos alimentícios para que os clientes tivessem o que beliscar enquanto escolhiam o vinho.


O restaurante está localizado na Estrada do Vinho, Km 4 - dentro do Roteiro do Vinho de São Roque e funciona de segunda a domingo para o almoço e também às sextas e sábados para o jantar, além de oferecer uma vez por mês a Noite do Fado.


Para abrir o apetite antes da chegada do prato principal são oferecidos: bolinhos de bacalhau, a bagaceira e a Alheira, tudo bem gostoso!


Mas, se como eu você não tiver o bacalhau como predileto, terá como opção um bom prato de filé mignon, arroz e batatas, tudo acompanhado de um vinho bem saboroso.


A noite finaliza com fados cantados sem microfone, seguidos de fados brasileiros ao sabor de pastel de nata.


Para completar o programa, basta estar bem acompanhado!

14 de janeiro de 2011

Terapias Alternativas e Práticas Psicológicas


Terapia alternativa é toda e qualquer forma de tratamento que se diferencia dos meios convencionais de cuidado e cura empregados pela medicina e pela psicologia. Os modelos de terapia alternativa conhecidos atualmente são inúmeros, entre elas: astrologia; numerologia; cristaloterapia; terapia regressiva de vidas passadas; cromoterapia e florais, entre outras.


Tais práticas têm se proliferado consideravelmente há alguns anos no Brasil e seguem conquistando cada vez mais adeptos, apesar de haver dúvidas em torno da confiabilidade dos resultados, bem como em relação às competências dos profissionais que as aplicam (TAVARES, 2003).


Segundo Gauer (1997) a imensa procura destas práticas está atrelada ao fenômeno pós-moderno, favorecido pelo movimento hippie dos anos 70 que fez emergir, no âmbito social, as religiões orientais e a busca de integração indivíduo-cosmos. As terapias alternativas começaram efetivamente a ganhar espaço nos anos 80 – marcados pelo grande interesse das “camadas médias urbanas das práticas oraculares” (TAVARES, 2003, p.87) e desde os anos 90 quando deu-se início às disputas sobre a legitimidade de tais práticas.


Desde então, assiste-se inúmeras polêmicas e diferentes opiniões entre os profissionais da área da saúde, especialmente entre médicos e psicólogos, o que acaba por implicar em diferentes posicionamentos dos órgãos regulamentadores destas profissões (TAVARES, 2003). No caso da Psicologia, as modalidades de terapia acima mencionadas foram vetadas pelo Conselho Federal de Psicologia nos anos 90, posição que continua em vigor até hoje.


Vale atentar ao fato de que as mesmas motivações: problemas conjugias; relacões inter-pessoais; depressão; fobias; etc, provocam a busca por terapias alternativas ou pelo tratamento psicológico, talvez porque o sincretismo religioso típico do nosso país favorece a busca por modalidades diversas que abarquem explicações psicológicas e espirituais. Outro aspecto importante a se pensar é o fato de não haver clareza por parte dos profissionais – psicólogos e terapeutas alternativos, sobre o que embasa sua prática, o que, em última instância, gera confusão de papéis e desinformação da população.


Parece também que a pluralidade existente na Psicologia interfere na tentativa de classificação das práticas terapêuticas existentes. O único caminho para sair deste impasse é perceber que as terapias alternativas não decorrem diretamente das abordagens psicológicas, mas têm influência de religiões orientais, concepções holísticas de corpo, psiquismo e espiritualidade (GAUER, 1997).


Em suma, a Psicologia se diferencia das práticas alternativas não só por estar pautada na cientificidade, mas principalmente porque ela tem como objeto de estudo o sujeito enquanto ser bio-psico-social, não estando, por isso, atrelada a aspectos místicos espirituais. Tendo em vista que de uma maneira ou de outra tais práticas trazem benefícios (GAUER, 1997) não nos cabe realizar um juízo de valor a respeito delas, posto que simplesmente não as realizamos.


                      “O alternativo não se define, então, pela atividade prescrita em  si, nem pelo fato de se constituir como uma experiência nova no campo da intervenção psicológica, mas pelo tipo de conhecimento veiculado e pelas concepções de homem e de mundo a eles subjacentes” (GAUER, 1997, p.2).


Referências Bibliográficas:


BOCK, A.M.B.. Resolução CFP Nº 10/97 . Conselho Federal de Psicologia, Brasília,out/1997. Disponível em: . Acesso em: 19 out. 2002.

FURTADO, O.. Resolução CFP Nº 005/2002 . Conselho Federal de Psicologia Dispõe sobre a prática da acupuntura pelo psicólogo, Brasília, mai/2002. Disponível em: . Acesso em: 19 out. 2002.


GAUER, G.; SOUZA, M. L.; MOLIN, F. D; GOMES, W.B.. Terapias alternativas: uma questão contemporânea em psicologia do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Rio Grande do Sul. In: CONGRESSO CIÊNCIA E PROFISSÃO DE BRASÍLIA, VL. 17, n.2., 1997, Brasília.


TAVARES, F. R. G.. Legitimidade Terapêutica no Brasil Contemporânea: As Terapias Alternativas no Âmbito do Saber Psicológico. [Editorial]. PSYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 13 (2):83 – 104, 2003.

6 de janeiro de 2011

Guarda do Embaú

Pela primeira vez estou visitando a Guarda do Embaú, Santa Catarina. O Sol também está hospedado entre poucas nuvens destas bandas e tem completado a deliciosa experiência destas férias que tem um tom de comemoração pra mim.


Estar aqui me faz perceber o quanto eu adoro praia, além de me lembrar muito a minha infância, quando costumávamos passar férias e quase todos os finais de semana na praia.


Eu e meu marido estávamos avaliando nossa escolha de vir para cá. Comparamos desde os custos, o público (para mim, educação faz diferença sempre, mas especialmente quando se está em férias), o trânsito e a temperatura da água do mar com as praias paulistas, bem mais próximas do que a Guarda, ponto a favor, mas intransitáveis nesta época do ano.


Hospedar-se próximo da praia, diretamente proporcional ao alto custo no caso das praias paulistas, se transforma em outro ponto a favor da Guarda, já que aqui há um número significativo de pousadas a poucos metros da praia e a custos acessíveis. E não ter que depender de carro para tomar banhos de mar realmente não tem preço!


Pensando bem, acho que a questão na decisão fica por conta da distância mesmo, cerca de 10 horas de estrada de São Paulo à Guarda do Embaú implicam em disponibilidade de tempo, necessidade de carros em boas condições: mecânica e conforto e colunas saudáveis, além de uma ótima seleção musical para distrair.


Por outro lado, dependendo da data que se vá às praias paulistas, pode-se perder um número de horas bastante próximo deste e a irritação de ter que trocar marchas lentas a cada metro é por demais irritante. Como ouvi estes dias: “Você vai a praia para relaxar e volta ainda mais estressado”.


Desnecessário dizer que estou feliz com nossa escolha, mas como nunca é demais falar em felicidade...