4 de dezembro de 2011

Velocidade

Tenho pensado bastante na super-velocidade dos acontecimentos, mas o que mais me chama a atenção é como todos nós temos pressa. Observo essa pressa, especialmente em profissionais que vivem em função de horário para atendimentos de todo tipo e mães com filhos pequenos, pra esses, os ponteiros apressados do relógio e a sensação interna de atraso são os maiores inimigos.

Pessoas nesta situação têm seus pensamentos atropelados pelo transito previsível e seus batimentos cardíacos intensifcados durante uma conversa mais demorada.

Se você prestar atenção nas conversas que se estabelecem entre essas pessoas, perceberá, entre outras coisas, um olhar que se distancia por causa do cálculo mental de cada minuto 'perdido' e partes do corpo se tensionando a cada frase do amigo. Um pé virado pro lado, preparando a saída e a cabeça balançando num 'sim' tenso e rápido pro que o outro diz, na tentativa de evitar uma discussão mais longa.

Mesmo porque, neste momento de tensão fica impossível redirecionar as descargas elétricas cerebrais para regiões ligadas à afetividade ou ao raciocínio lógico, dependendo do teor do papo.

Esses dias, conversando com outros psicólogos, falamos sobre a estranheza causada nas pessoas quando você não está com pressa. Quando se quer saber mais sobre o assunto, pergunta sobre mais detalhes e continua ouvindo interessadamente, cria-se um desconforto.

Parece que a outra pessoa fica esperando que algo aconteça, fica desconfiado se realmente você está interessado, tenta olhar bem nos seus olhos, pra garantir que você está sendo sincero e, as vezes, eu tenho a sensação que algumas pessoas se desesperam pensando que querem se livrar dessa conversa 'esquisita', como se não soubessem lidar com aquilo.
Me lembrei de uma música do Paulino da Viola chamada “Sinal Fechado”

Olá, como vai ?
Eu vou indo e você, tudo bem ?
Tudo bem eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você ?


Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranquilo, quem sabe …
Quanto tempo… pois é…
Quanto tempo…


Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios
Oh! Não tem de quê
Eu também só ando a cem


Quando é que você telefona ?
Precisamos nos ver por aí
Pra semana, prometo talvez nos vejamos
Quem sabe ?


Quanto tempo… pois é… (pois é… quanto tempo…)
Tanta coisa que eu tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer


Mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso
Beber alguma coisa, rapidamente
Pra semana


O sinal …
Eu espero você
Vai abrir…
Por favor, não esqueça,
Adeus…

20 de novembro de 2011

Subjetividade Pós-moderna (trecho do trabalho final, Narcisismo e Sociedade - PST/USP)

Os fenômenos pós-modernos dizem respeito às intensas mudanças ocorridas nas últimas décadas nos âmbitos da ciência, das artes e da literatura, desde o final do século XIX. Tais fenômenos, dos quais se destacam a influência do rompimento da antiga fronteira espaço-temporal e o estabelecimento do presente como “o tempo por excelência", têm repercutido de maneira marcante sobre a vivência e a condição humana. (MILLAN, 2010).


Este intenso investimento no presente tem a ver com a busca da satisfação imediata e a consequente intolerância a frustração, aspectos que, juntamente à preocupação extrema com a auto-imagem, deflagram o caráter narcísico da sociedade contemporânea. O indivíduo contemporâneo vive a reatualização do narcisismo primário (FREUD, 1914). Um retorno inevitável, já que tem como premissa a busca de prazer e a recusa da frustração. Como resultado final, as pessoas experimentam o consumo como satisfação primordial, colocando a interação humana em último plano, num mundo com poucos limites intransponíveis.

Neste sentido, as pessoas gastam tempo e dinheiro com a tentativa de imortalizar a juventude, a saúde e a beleza, da mesma forma que dispendem bastante energia na busca por admiração e reconhecimento. Para isso, permanecem ligadas o tempo todo em seus celulares e sites sociais buscando novos contatos e a satisfação narcísica de serem vistas e solicitadas. Hougan apud Lash (1983) afirmou que hoje o narcisismo coletivo se transformou na disposição predominante e num outro texto, Lash (1986) fala sobre a extinção das tradições e do significado da posteridade em seu sentido histórico como mais um reflexo do imediatismo pós-moderno, demonstrando uma “paixão predominante” por viver o agora, “viver para si, não para os que virão ou para a posteridade”. (p.25).

Hoje em dia, contando com o incentivo dos meios de comunicação em massa e a proliferação das linhas de terapias alternativas, além de toda tecnologia voltada à estética que inclue cirurgias plásticas, medicamentos e tratamentos diversos, as pessoas cultuam seus corpos. Este foco no corpo, algumas vezes está atrelado a um ideal estético e outras à saúde, bem estar e a integração indivíduo-cosmo (LASH, 1986).

Tal configuração psicossocial provoca fragilidade nas relações humanas, que são percebidas pelo indivíduo contemporâneo como sendo tão efêmeras e passíveis de consumo – uso e troca, quanto as coisas e serviços aos quais tem acesso. As pessoas não se encontram suscetíveis a um apego substancial. Nas coisas, porque se pode perder a próxima novidade e nas relações, pela impossibilidade do homem moderno em investir em relações duradouras.

“Ambos podem conjugar seus esforços durante um tempo, mas logo a destruição ultrapassa as possibilidades do sujeito, que não dispõe dos investimentos necessários para o estabelecimento de uma relação objetal durável e para o progressivo engajamento numa implicação pessoal profunda que exige a preocupação com o outro” (GREEN, 1988, p. 260).

Outra característica importante dos nossos tempos diz respeito ao que Lash (1983) chamou de “o sentido do fim” e sua emergência em criar e seguir manuais de sobrevivência. O autor fala de como os acontecimentos do século XX que dizem respeito à vitimização humana em massa, em especial o holocausto, geraram no ser humano a sensação de perigo iminente, promovendo a interiorização deste “sentido de um fim”. Para dar conta disto e na tentativa de se proteger de um futuro ameaçador e incerto, o homem passou a adotar ações individuais, assumindo que estas podem, de alguma maneira, impactar o curso dos acontecimentos. Fator que o leva a distanciar-se ainda mais do âmbito público, do social, na medida em que coloca seu foco na sucessão de crises de seu próprio cotidiano.

Segundo Brandão (1989), este demasiado aprofundamento na “linha narcísica da alma” oferece perigos não somente encontrados na “auto-contentação, no solipsismo, no incesto intrapsíquico, mas também no suicídio”. Para Narciso sua desilusão estava ligada à falta de equivalência da imagem refletida e amada com o mundo real e objetivo, fator que motivou um “suicídio anoréxico” (p.184).

A mesma ausência de vitalidade, ou o mesmo tipo de suicídio, que também é social, é encontrada no modelo de vida do homem pós-moderno, que tem como premissa a estruturação de projetos e sonhos sobre o Ideal de Eu, base na qual finca suas expectativas. Estas pessoas seguem num caminho de idealizações que, em função de seu caráter fantasmático, não podem se relacionar profundamente com a realidade, embora produzam sentimentos de medo e insegurança quando com ela deparam. Green (1988) esclarece esta dinâmica ao explicar que a função paterna da atualidade está infiltrada pelo narcisismo e, por isso, o amor fica condicional. Neste sentido, falando do relacionamento entre pais e filhos, o autor afirma que hoje a criança será amada, na medida em que responder aos objetivos parentais.

Para Lash (1983) a configuração social da atualidade tem destruído toda forma de autoridade patriarcal e causado debilidade ao superego social, configurando uma sociedade extremamente permissiva. Por outro lado, este fenômeno não alcança o superego individual de forma proporcional antes, a ausência dos antigos limites sociais favorece que o superego sádico se desenvolva “à custa do ideal do ego” (p.33, nota de rodapé). A consequência é que as pessoas acabam sendo consumidas pelo ódio. E com a intenção de desenvolver novas defesas contra este ódio, se tornam socialmente suaves e submissas, embora continuem fervendo em seu interior (LASH, 1983).

Para Green (1988):

“O ódio recalcado é o resultado de uma desintrincação pulsional, sendo que todo desligamento enfraquece o investimento libidinal erótico liberando, em consequência, os investimentos destrutivos’ (p. 263).

Em suma, a cultura do narcisismo vai contra os fenômenos sociabilizadores, impedindo que o homem pós-modernos se movimente em direção à alteridade, antes, o conduz aos ideais narcísicos e, por isso, aos processos primitivos individuais. Esta dinâmica também favorece a exclusão social e assinala a diversidade como indesejável.


Bibliografia básica:
 
Cultura do Narcisismo e Mínimo Eu, Cristopher Lash.
Narcisismo de Vida, narcisismo de Morte, André Green.
Tempo e Felicidade e Tempo e Subjetividade no mundo Contemporâneo: Ressonâncias da Clínica Psicanalítica, Marilia Millan.
Mitologia Grega, junito de Souza Brandão.

21 de outubro de 2011

O futuro

Quando eu era criança imagina muitas coisas pro meu futuro.
Na verdade eu era o tipo de criança que, como diziam na minha época, vivia no mundo da Lua!
Eram tantos planos e sonhos...eu queria ser bailarina, pianista, professora, mãe e queria viaja muito mais.
Me lembro que eu queria morar na praia, pois eu achava que poderia tomar sol todos os dias e depois de enjoar de mergulhar em ondas de espuma bem brancas (meu parâmetro eram as ondas Copacabana, a praia que mais frequentávavmos) eu voltaria pra casa e comeria macarronada, meu prato predileto até hoje!
Meu mundo de fantasias não tinha rostos, cenários ou roteiros específicos, mas tinha de tudo um pouco: encontros, passeios, paisagens, platéias, atores de filme de faroeste que eu assistia com meu pai, galãs de novela e bebês Johnsons (outras duas expressões da minha época de criança).
Nas estórias que eu imaginava eu estava sempre toda arrumada, com as unhas pintadas, baton e salto alto - eu tinha um tamanquinho que eu não trocava por nada.
Eu venho pensando no futuro nos últimos dias e é engraçado como pensar no futuro me fez lembrar do passado, seria um tipo de resgate? Se for isso, que seja de tênis!
E acabei também pensando no presente e na velocidade com que os dias passam. Acho que as atividades do presente são tantas que é preciso muito esforço pra "lembrar" o futuro.
Mas eu não quero desistir, não quero ser vencida pela intensidade ou pela velocidade do presente, nem tão pouco pela impossibilidade de governo do futuro.
Quero escrever, pensar, desejar  e sonhar o futuro, quero vivê-lo e tomar decisões que o construa, nem que pra isso eu precise resgatar as memórias  e a coragem de sonhar da minha infância.

2 de outubro de 2011

Quem somos nós? O início de uma reflexão Psicológica.

Para responder a essa pergunta, creio que será preciso muito mais do que um texto reflexivo num blog.
Para dar resposta a essa dúvida, que atingi mais ou menos aspectos da vida de cada um, será preciso envolver recursos psicológicos que muitas vezes, apesar de existirem em nós, permanecem aterrados por modus operandis rígidos, inflexíveis.
 Há muito a percepção humana tem sido investigada na tentativa de teorizar cientificamente como exatamente ela funciona.
Tal descoberta, além de todo carater interessante que possui, proporcionaria ao indivíduo que tivesse acesso ao tema, muito mais do que conhecimento científico.
Creio que há em nós, além da sede pelo conhecimento das coisas e das pessoas, um desejo intenso de auto-conhecimento e de sentimento de pertencimento (em psicologia,o tema Sentimento de Pertencimento é bastante utilizado para expressar o desejo humano de viver em sociedade e manter relações importantes de diferentes graus de envolvimento).
Atulamente, este sentimento de pertencer tem sido prejudicado, em muitas instâncias, pela globalização cultural. A mistura cultural que presenciamos nos dias de hoje acaba por atacar o sentimento de pertencer, na medida em que nos ocupa com as novidades e costumes externos a nossa cultura e nos distancia da nossa história.
No Brasil, essa é uma questão importante, não só pela grande influencia americana que sofremos, ou absorvemos sem muita crítica, mas pela falta de cuidado com os signos da nossa história. Nossos museus e ícones culturais não recebem atenção como os dos países europeus, por exemplo, que, apesar de sofrerem influencias externas do turismo, e creio que o exemplo mais significativo deste movimento na Europa seja Paris, ainda mantém bem cuidados seus ícones culturais.
Numa análise mais "doméstica", essa pergunta vem com mais intensidade...quem somos nós? Quem são nossos familiares, onde estão, que tipo de relação que mantemos com eles?
E indo mais longe, ou, na verdade chegando mais perto, se colocarmos em prática nossa auto-percepção nos depararemos com perguntas feitas na primeira pessoa : "Quem sou eu? Qual a minha história mesmo? Quais eram meus planos e quais são agora? Quais são minhas expectativas profissionais, pessoais, familiares? Quais são minhas convicções? O que eu amo e o que eu odeio?"
Bem...estas perguntas que quem leu este texto pode ter pego pra si, compõe, com muitas outras, uma reflexão que começou em mim há muitos anos e que permanece ativa no processo de estruturação dinâmica da minha Identidade.

6 de setembro de 2011

Solomon E. Asch, Psicologia Social

Nos últimos dias, eu venho estudando alguns textos do psicólogo Solomon Asch.
Na busca de conhecer profundamente como se dá a influência que as pessoas exercem umas sobre as outras, Asch estudou os processos de interação grupal e, em função disto, contribuiu para a definição de modelos experimentais na área da Psicologia Social.
Asch nasceu em em 1907 na Polônia e migrou para os Estados Unidos em 1920, quando naturalizou-se norte americano. Faleceu em 1996, deixando idéias muito interessantes e textos bons de ler. Escolhi um trecho que gostei bastante e que me levou a pensar na relação psicólogo-paciente, especialmente.


"[...] as pessoas agem com referência umas às outras. Para tomar nosso lugar diante dos outros, precisamos perceber a sua existência e conseguir certa compreensão das necessidades, das emoções e dos pensamentos uns dos outros.
As interações, que estão entre os acontecimentos mais originais da natureza, ocorrem entre as pessoas e produzem resultados de grande diversidade, que são a base de todos os acontecimentos sociais subsequentes. Cada pessoa é a origem e o centro de efeitos psicológicos que se expande para o interior da vida de outros.
[esta intereação] Pode produzir interesse e compreensão, pode exercer efeitos vivificadores, mortificadores ou deformadores.
 As emoções, os pensamentos e os motivos de uma pessoa agem como forças para pôr em movimento as atividades psicológicas das outras".

14 de agosto de 2011

Pilates e Corrida


A vida de um corredor inclui muita disciplina, não apenas ao que se refere ao treinamento específico, mas também a todo cuidado relacionado à alimentação e à preparação músculo-articular. Essa última, essencial para evitar lesões.

Considerando a intensidade desta atividade e o fato de sua dinâmica tornar impossível a percepção consciente de todo o corpo, a importância de cuidar dos músculos e das articulações é imensa, pois, uma vez lesionado, o corredor terá que trilhar um longo caminho rumo à recuperação que envolve, muitas vezes, a interrupção na prática da corrida, bem como a presença de uma boa dose de desânimo, que pode levar o corredor ao abandono da prática. A ansiedade também é um sentimento que acomete atletas lesionados e, muitas vezes, os leva de volta aos treinos antes do tempo ideal de recuperação. A volta antecipada (ou a volta à intensidade anterior de treino antes da recuperação total), muito mais comum do que a desistência da prática, é bastante preocupante, pois poderá dar início a uma série de reincidências de lesões, gerando alterações intensas de humor, em função da dor física; da sensação de impotência e de perda de capacidade física; e da piora no desempenho.


Apesar da musculação ser uma ótima opção de trabalho para prevenir lesões músculo-articulares, ela apresenta alguns aspectos que interferem em sua prática, como o ajuste exato entre volume e sobrecarga - para não interferir negativamente sobre os treinos específicos de corrida; a periodização dos treinos que deve considerar os treinos específicos e competições e, pensando em fatores emocionais, a dificuldade de encontrar motivação para manter a freqüência dos treinos com pesos.


Diante da necessidade extrema de proteção muitos corredores têm encontrado no Pilates uma saída eficiente e prazerosa. Diferentemente do que muitos pensam, o Pilates pode sim subistituir a musculação (exceto se o seu objetivo for a hipertrofia muscular), pois, sua prática promove um fortalecimento muscular eficiente - especialmente de musculaturas mais profundas ou de controle relacionadas à manutenção postural e a proteção articular; aumento da flexibilidade; ganho de equilíbrio muscular e mobilidade articular.


Pensando especificamente no fortalecimento muscular profundo e ganho de mobilidade articular, o Pilates se apresenta como um aliado importante aos atletas de corrida na medida em que prepara o corpo de forma global e profunda para responder a solicitações dinâmica da corrida: movimentos complexos e simultâneos com ativação de musculaturas profundas e mecanismos corporais de resposta imediata.

Nesse sentido, o Pilates dá condições ao corpo de se adaptar de forma eficiente às exigências da corrida, através do controle corporal e da integração consciente de todo o corpo. Por meio do equilíbrio muscular e da mobilidade corporal, o impacto sobre as articulações fica menos agressivo, na medida em que há uma melhora na distribuição de sobrecarga.


Por fim, o praticante desenvolve condições de realizar correção e/ou ajuste do "gesto técnico" específico da modalidade - nas aulas de Pilates e durante a corrida propriamente. O resultado de tudo isso é a melhora da performance e do desempenho, por meio de mais fluidez, estabilidade e controle.


O prazer da prática do Pilates fica por conta da liberação de endorfina através, especialmente, do trabalho respiratório e de mobilidade de coluna - onde há muitas terminações nervosas.

22 de julho de 2011

Law & Order Special Victims Unit

Eu adoro a série Law & Order SVU e assisto sempre que posso.
A série se passa na cidade de Nova York. Foi criada e produzida por Dick Wolf e acumula anos de sucesso. É transmitida pela Universal às terças-feiras, 23h, mas é reprisada em horários diversos durante a semana toda.
É centrada quase que exclusivamente em dois detetives, Olivia Benson (Mariska Hargitay) e Eliot Stabler  (Christopher Meloni)
Com o progresso da série, novos personagens foram inseridos. Os episódios mostram os detetives durante as investigações e depois os julgamentos dos réus no tribunal.
Pra mim, e pra algumas pessoas com quem falo a respeito, a série funciona  como catarse profunda e eficiente, na medida em que permite o deslocamento de todo ódio e repulsa por pedófilos, agressores e estupradores, e uma intensa identificação com os detetives, que vão além de suas obrigações na busca de justiça, quebrando regras e, na maioria das vezes, se envolvend0 com o caso e se identificando com as vítimas. 
Os detetives então, lutam pelas vítimas como super heróis ou pais protetores.
Hoje assisti a um episódio no qual uma mãe, irritada com a filha que não parava de chorar durante a noite em que o amante tinha ido a sua casa, chacoalha a menina, uma garotinha de 1ano e meio, com força e causa nela um tipo de lesão cerebral.  
Durante a investigação muitos suspeitos parecem culpados. Um estranho que frequentava o parque,  a babá da menina, a babá amiga da babá da menina, o amante da mãe.
A cada possibilidade de descobriri o real culpado e a cada pergunta com duplo sentido feito pelos detetives eu conseguia deslocar mais sentimentos socialmente inaceitáveis, como ódio e desejo de vingança, queria justiça pela garotinha.
E o detetive Eliot também! Ficou no ar, até o final do episódio, a incógita de porque tanto empenho dele no caso, até que, numa cena emocionante, ele conta sobre um dia em que bateu na própria filha e como se este caso o fez reviver seu arrependido e se deparar com o medo do que poderia ter acontecido.
Quem nunca pensou nisso depois de ter feito uma bobagem e de ter magoado alguém profundamente? O detetive chora, eu também! The End!

20 de junho de 2011

Parque do Povo, São Paulo

No domingo passado eu fui pela terceira vez correndo da minha casa até o Parque do Povo. Um parque relativamente novo e pequeno situado no final da Av. Jucelino Kubichek, do ladinho da Marginal do Rio Pinheiros em São Paulo.
Minha decisão inicial era ir até a academia de plantão e fazer um pouco de musculação, mas quando entrei na Marginal pra pegar a ponte e trocar de lado me deparei com um super trânsito.
Imagine...em pleno domingo ensolarado enfentar congestionamento!? Desisti, fiz a volta, estacionei o carro na garagem e saí correndo!
O Jardim Paulistano é um bairro bem bonito e, tirando a saída de serviço do Clube Pinheiros, o percurso até o parque é bastante agradável! Lá fui eu ao som das minhas músicas prediletas no ipod e, cantando mais alto do que os demais pedrestres gostariam, rapidamente cheguei ao meu destino.
Assim que entrei no parque comecei a me sentir mais feliz. Pessoas praticando esporte, crianças aprendendo a andar de bicicleta e cachorros simpáticos acompanhando seus donos.
Dei uma volta em volta das quadras esportivas e percebi que talvez correr não fosse a melhor opção pra mim naquele momento. Eu queria ver as pessoas, reparar no jeito que os pais abraçam e brincam com os filhos. Queria sentir o sol batendo em meu rosto e experimentar uma respiração mais profunda em meio as poucas, porém lindas árvores.
O contraste entre a natureza e visão da marginal, beirando o rio todo descuidado mexeu comigo, tanta vida e tanta morte tão próximas!
Fui parando de correr e vi pessoas de diferentes idades usufruindo do pouco espaço de natureza que lhes era possível, me identifiquei com elas.
Decidi me focar na vida e qual estímulo poderia ser maior do que um monte de crianças brincando?! Aqueles rostinhos divertidos me fizeram lembrar de todas as outras que conheço...Matheus, Marcelo, Diego, Tarso, André, Dudu, Manuela, Luma, Henrique, Nathan, Vicenzo, Pedrinho, Maria Vitória, Heitor, Antonio, Tetê!
Dei mais uma voltinha, minha música predileta merecia isso: "Ready to love again" Lady Antebellum (http://www.youtube.com/watch?v=9pw-e9dnYSU).
Quando a música acabou voltei correndo, literalmente, pra casa...me deu saudade do meu amor!

29 de maio de 2011

A atividade física pode ajudar no tratamento da Depressão e de Síndromes Ansiosas.

Os termos “Depressão” e “Ansiedade” deixaram de ser exclusivos de formulários médicos e passaram a fazer parte da linguagem popular, além de ocuparem bastante espaço na mídia. Tais fatores geram mais informação, mas também equívocos sobre seus reais sentidos. Vale lembrar que diagnósticos de Depressão ou de Síndromes Ansiosas só podem ser dados por médicos especializados, os Psiquiatras.


Podemos entender que, tanto a depressão quanto a ansiedade são extremos de sentimentos naturais do ser humano estimulados de acordo com os episódios ou situações experimentados, que, dependendo da intensidade afetiva, podem causar desequilíbrio emocional e sofrimento.


Neste sentido, a depressão seria um quadro de tristeza profunda, que, segundo o CID 10[1] pode ser encontrada em três graus: leve, moderado ou grave e apresenta sintomas como rebaixamento do humor e fadiga, além de perda do interesse por atividades cotidianas e/ou de lazer, a diminuição da libido e da capacidade de concentração.


A ansiedade, por sua vez, pode ser compreendida como uma mistura intensa de medo e excitação. De acordo com o dicionário de Psicologia, “Ansiedade é um estado emocional desagradável e apreensivo, suscitado pela previsão de um perigo à integridade da pessoa”. A Psiquiatria chama quadros de ansiedade intensa de Síndromes ansiosas, nas quais estão incluídas a Síndrome do Pânico (crises de ansiedade) e a ansiedade generalizada (ansiedade constante).


Tanto a ansiedade quanto a Depressão podem ser estimuladas por inúmeras situações nas quais há uma expectativa significativa ou a ausência de qualquer perspectiva, planejamento ou esperança, em quadros graves há uma relação importante com o fluxo energético da mente (atuação dos neurotransmissores[2]).


É importante avaliar quais são e como se apresentam os sintomas, e assim identificar se há ou não a necessidade de medicação. Seja qual for o caso, um acompanhamento Psicoterápico será importante para que a pessoa que encontra-se em sofrimento, por meio de ajuda profissional, possa analisar suas escolhas e dificuldades e sentir-se apoiada e fortalecida na busca de mudanças.


Outra ferramenta importante nesta busca é atividade física. Além dos benefícios estéticos e do bem estar generalizado que a prática de exercícios promove - fortes estímulos à auto-estima, pesquisadores perceberam que as pessoas que praticam exercícios físicos apresentam menos sinais de depressão e ansiedade. Isso ocorre porque a atividade física tem um papel importante no funcionamento mental, pois atua sobre os neurotransmissores cerebrais, estimulando a liberação de Endorfina e favorecendo a produção de Serotonina e da Dopamina, hormônios associados ao bem estar.


Também é bastante comum em quadros de depressão e ansiedade haver alterações no período e qualidade do sono, fator que pode ser influenciado positivamente pela prática de atividade física, pois, além da promoção do relaxamento muscular, o próprio cansaço físico pós treino colabora para esta melhora. Considerando que o sono é um reparador orgânico natural e a sua falta causa muita irritabilidade e cansaço, em casos de pessoas com depressão e ansiedade, não dormir bem causará estragos grandes do ponto de vista sintomático.


Mas é importante escolher bem a atividade a ser praticada, bem como o local e o horário para se exercitar. Por exemplo, pessoas muito ansiosas podem ser prejudicadas por escolherem correr no período noturno e, dependendo do grau de ansiedade, em qualquer horário, num primeiro momento, pois é uma atividade que, embora ajude o corpo a liberar muita endorfina, acelera o metabolismo orgânico e pode deixar a pessoa muito mais agitada. Da mesma forma, me parece contra-indicado à pessoas ansiosas atividades excessivamente competitivas, pois poderão exacerbar esse aspecto da personalidade humana e ativar funções psíquicas de alerta, influenciando negativamente sobre o relaxamento geral.


Nos casos de depressão uma boa saída é a pratica de atividades de característica mais lúdica, como as aulas de dança e o Boxe, mas dependendo de como se encontre o humor da pessoa, ela terá dificuldade em iniciar com estas atividades, pois não terá ânimo para isto, neste caso, é indicado que comece com atividades mais leves como a caminhada.


Em ambos os casos – de depressão ou ansiedade – a caminhada e as aulas de Pilates e Yôga são ótimas opções. No caso da caminhada por ser uma atividade com alta capacidade de liberar Endorfina e poder ser praticada em lugares agradáveis como parques ou praias. Nas atividades como Pilates e da Yoga os benefícios ficam por conta do trabalho respiratório e a ativação de musculaturas profundas que desenvolvem consciência corporal e melhoram a comunicação entre mente e corpo, especialmente pelos movimentos de articulações e torções da coluna vertebral, onde há inúmeras terminações nervosas. Há também o fato de estas práticas optarem por músicas relaxantes. Por fim, em se tratando da Yôga, encontramos o trabalho de meditação, uma técnica muito eficiente para promover o relaxamento e ajudar o indivíduo a se perceber melhor. Vale lembrar que os exercícios, especialmente os respiratórios usados na Yôga e no Pilates, também podem ser feitos em qualquer lugar, inclusive antes e/ou depois da caminhada.


O importante é dar o primeiro passo, que pode ser numa esteira de academia, mas também pode ser num parque com muita natureza e pessoas ao redor. Num ambiente assim fica mais fácil repensar a vida, valorizar a existência e rever escolhas e valores pessoais.

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[1]CID 10 é a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde

[2]Neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, as células nervosas. Por meio delas, podem enviar informações a outras células. Podem também estimular a continuidade de um impulso ou efetuar a reação final no órgão ou músculo alvo.

14 de maio de 2011

Top Chef

Assumidamente viciada, eu me apego a vários seriados de TV e posso passar horas no sofá assistindo um episódio atrás do outro.  Outras vezes, me atraso pra sair de casa por causa de um que nunca tinha visto antes.
Obviamente tenho meus prediletos: Smallville, Two and a half men, The Good Wife, Glee, House, 24 horas e lógico Friends (forever!!!), entre outros.
Mas tem um seriado que assisto há um tempo e não vejo muita gente comentando a respeito: "Top Chef". É  programa norte-americano, no qual 10 a 16 chefes de cozinha competem por um prêmio de 200 mil dólares.
Na verdade, um reality show que reune os competidores numa casa e mostra, sutilmente (se comparado ao BBB, por exemplo) as discussões e as aproximações que se estabelecem no decorrer do programa.
Os competidores têm desafios a cada episódio e são avaliados por chefes reconhecidos mundialmente, além de, algumas vezes, receberem a visita de alguma celebridade.
Em todos os episódios há um jurado convidado que, juntamente com  Tom Collichio, Gail Simmons e a apresentadora do programa, formará o júri que avaliará cada um segundo os desempenho na tarefa proposta.
A cada episódio, os participantes têm dois desafios: o "Desafio Quickfire" e o "Desafio de Eliminação".
O primeiro, "Quickfire" costuma durar 1h ou menos e consiste em preparar um prato de alguma cozinha ou um ingrediente específico. Neste desafio não há eliminação, mas premiação - o vencedor ganha imunidade para o próximo desafio.
No "Desafio de Eliminação" os chefes têm que preparar todos os pratos de um evento, seja ele um jantar, um almoço ou um menu completo de um restaurante que, em equipe, montam, incluindo a decoração e a escolha do nome do restaurante entre outros detalhes, dando conta de receber um número significativo de convidados.
É muito interessante ver a variedade de pratos e detalhes e também a beleza na apresentação de algusn deles. Me dá vontade de fazer cursos de culinária!
A hora da eliminação é muito emocionante, cada participante ouve comentários detalhados sobre suas produções e um deles ouve a frase: "Please, pack your knives and go."
Padma Lackshmi  é a apresentadora atual da série que já está na 8ª temporada nos EUA. No Brasil, o programa passa na Sony no sábado ás 23h e reprisa no sábado às 19h.

15 de abril de 2011

Setting e relação terapeutica

Setting é o nome dado ao momento da sessão em Psicoterapia e significa mais do que os 50min que paciente e psicólogo passam juntos, pois considera todos os fenômenos inconscientes que aparecem ali, entre eles a transferência e a  contratransferência.
Um contexto intenso no qual há a possibilidade de se estabelecer vínculos afetivos profundos de ambas as partes, o que é benéfico e esperado, mas que também permite a manifestação fantasias narcísicas e onipotentes, em função da impetuosidade emocional envolvida.
Ryad Simon, professor titular do departamento de Psicologia Clinica  do Instituto de Psicologia da USP, fala um pouco a respeito em seu livro: "Psicoterapia Psicanalítica: Concepção Original", ao tratar de uma questão comum na clínica que é o afastamento esporádico entre o paciente e o psicólogo, neste caso, especificamente, ele falava de uma paciente que iria ter bebê e estava com dificuldade em lidar com esta separação e, por isso, lhe pedia que que ligasse para ela e fosse visitá-la no hospital.

"Em minha opinião, o psicoterapeuta deve agir dentro dos limites do enquadre para não confirmar ao paciente que realmente é o unico que pode ajudá-lo. É de fato o unico que pode ajudá-lo psicanaliticamente; mas, nem só de psicanálise vive o homem. Há outras formas de ajudar que podem ser prestadas por outros profissionais [...], parentes, e outros, que têm também um efeito psicoterapeutico de apoio ajudando a suportar a ausência da relação psicanalítica. O psicoterapeuta não precisa se sentir um monstro insensível abandonando o paciente à própria sorte.
Quando a mãe deixa o filho pela primeira vez na escola, esse ato pungente é imprescindível para o amadurecimento. Por mais doloroso que seja frustrar o paciente, isso é necessário para levá-lo a descobrir que o psicoterapeuta não compartilha de seu delírio de ser o único capaz de tratá-lo.
Evita assim o convite para regredirem a um momento de vida em que a alucinação da mãe-ideal - ou do peito ideal - eram os únicos objetos com os quais o bebê podia contar para sobreviver aos perseguidores.
A dor da frustração pode levar o paciente a odiar o psicoterapeuta, promover uma desidealização brusca e levar o paciente a abandonar a psicoterapia.
Mas acho preferível correr este risco. A alternativa seria o psicoterapeuta atuar contratransferencialmente acreditando ser o único, sentir-se tentado a ultrapassar os limites do desempenho profissional, expondo-se à probabilidade de prejudicar-se e prejudicar o paciente.
Descobrirá muito tarde que tudo o que ele fizer pelo paciente não poderá evitar a desidealização. Ademais, não deve ser nosso objetivo tornarmo-nos o objeto ideal do paciente. Isso não ajuda a cura, apenas promove a loucura (de ambos).
E, afinal, se o paciente puder suportar a frustração e sustentar o vínculo psicoterápico, perceberá que entre seu delírio persecutório e a realidade há uma diferença, que outras pessoas também são "boas", e que o psicólogo é apenas um ser humano que presta serviços profissionais. Isso frustrará nosso narcisismo, mas será muito benéfico para nossa saúde mental. Inclusive a do paciente." (Ryad Simon)

12 de abril de 2011

Pensamento do dia

O ser humano vive para realizar desejos!
Quando não reconhecemos os nossos próprios, buscamos realizar os desejos de outros!

7 de abril de 2011

Integrar...tornar inteiro

Durante todo nosso processo de desenvolvimento lidamos com o conflito de ser um igual  e ao mesmo tempo ser único.

Na tentativa de se adaptar às exigências internas - desejos e medos, e às exigências externas - agradar a quem amamos, vamos nos munindo de defesas sentidas como essenciais à nossa sobrevivência física e emocional.

Muitas vezes, acabamos por nos esconder atrás de máscaras tão perfeitamente desenhadas sob a égide do instinto pela sobrevivência, que passamos a não mais notar a incoerência entre o reflexo destas máscaras no espelho da vida e a sensação de auto traição representada pela angústia de mantê-las.

Assim, nos surpreendemos, frequentemente, em meio às mesmas escolhas, comportamentos e modelos de relacionamento e parece que nem toda estranheza e insegurança desta percepção são capazes de mudar nossa direção.

Melanie Klein, Psicanalista, estudou a fase mais arcaica do desenvolvimento humano, os primeiros meses de vida, quando nós, ainda bebês indefesos e dependentes, vamos formulando teorias sobre a vida, a morte o amor e o ódio, em forma de fantasias que cooperam nesta busca de adequação "vital".

Sua teoria tem como centro o conceito das Posições através das quais nosso psiquismo funciona de forma dinâmica - Esquizoparanóide e Depressiva - didaticamente falando: a primeira lembra a paranóia mesmo, pessoas ou momentos em que nos sentimos perseguidos e prejudicados (abusados, desconsiderados, desrespeitados ou não reconhecidos) pelo outro e a segunda tem a ver com nossa sensação de ter prejudicado, machucado e/ou magoado profundamente o outro, ficamos inundados por sentimentos de culpa e arrependimento. Para a autora este funcionamento se dá durante toda a vida (migramos de uma posição para outra, podendo ficar mais tempo em uma ou em outra) e pode ocupar mais ou menos espaço de tempo cronológico de toda nossa história. Esta ocupação - em qual posição nos manteremos e como nos sentiremos - dependerá da força das nossas fantasias primitivas e do grau de capacidade instigadora presente nos moldes de relacionamentos que escolhemos ter.

É a possibilidade de integração dos apactos psíquicos destas duas posições que poderá possibilitar a sensação de unicidade, sem a culpa de ser quem somos e querer o que quisermos: enteder que é possível amar e odiar o outro sem destruí-lo e sem ser destruído  (retaliado), é também abrir mão das fantasias de onipotência e das idealizações, podendo conviver com as frustrações da vida.

Um bom começo para isso é se inteirar a respeito de si mesmo para poder esolher consciente e responsavelmente como deseja viver e se relacionar.

Tarefa difícil, mas possível por meio da análise ou da psicoterapia, ferramentas que ajudam no processo de integração dos diferentes aspectos - 'bons' e 'maus' - da nossa personalidade, bem como na aceitação e também integração destes mesmos aspectos presentes na personalidade das pessoas com as quais (con)vivemos.

3 de abril de 2011

Nome Próprio

Há meses eu e minha sócia começamos a procurar o nome próprio da nossa empresa.
Na verdade chegamos a escolher um...ele era incrível, combinava com nossa amizade, com a proposta da nossa empresa e com nossa essência.
Seria perfeito se não fosse o fato de  esse nome já pertencer a outra empresa do mesmo ramo de atividades que a nossa!
Desistimos por um tempo e retomamos a maratona nos últimos dias. Mundo interno, dicionários, amigos, livros, buscamos ajuda de todos os lados, em vão.
Quando o nome era bom já não havia mais o a possibilidade de inscrição e, as vezes, de domínio disponível pra um site. Quando o domínio e a pesquisa de marca no INPI estavam ok, a escolha nos parecia inominável.
É frustrante não encontrar o próprio nome profissional. É como perder um pedaço de identidade e ganhar um tanto de sofrimento diante de uma apresentação.
Por enquanto, a saga continua. Prosseguimos em nossa busca, gratas pela possibilidade de trabalhar com um cognomen muito querido e que nomeia o nosso desejo de...PLENITUDE. (http://www.plenitudetreinamento.com.br/

21 de março de 2011

Boxe – entrevista para o site Vida de Jovem

O Boxe, hoje praticado também em grandes academias, tem se mostrado bem mais atraente que as modalidades tradicionais em fitness (musculação e ginástica), isso porque essas modalidades envolvem uma dose de “sofrimento” considerável durante suas práticas.

Não que não haja sofrimento no Boxe, afinal, “No Pain, No Gain”, a diferença é que há um prazer físico e psicológico experimentado durante o treino, proporcionadao especialmente pela descarga de Adrenalina.

Outros aspectos que influenciam o nível de prazer na prática do Boxe são a sensação de domínio motor e de evolução do desempenho, que têm como resultado o aumento da auto-confiança.

Pensando nos processos mentais, a exigência do total envolvimento do praticante: atenção, concentração, habilidades e capacidades físicas, produz a melhora do desempenho gradativamente e o motiva a treinar mais. Neste sentido, a repetição no Boxe também é uma estratégia importante, por isso, não desanime caso se sinta pouco coordenado, o próprio treinamento te ajudará a evoluir e se sentir mais confiante aula após aula.

As aulas costumam ser divididas em rounds: 3min de prática por 1min de descanso. A seqüência é basicamente formada por alongamento, corda, flexões e abdominais. Depois o “atleta” dará golpes nos sacos e praticará sparring em cima do ringue.

Se o seu objetivo for estético, lembre-se que tais ganhos são garantidos pela freqüência nas aulas e por uma alimentação saudável. O aumento da massa muscular é garantido, bem como a melhora do condicionamento físico e a diminuição do estresse diário.

Precauções:

Você deve tomar cuidado caso tenha problemas sérios de coluna, como escolioses significativas ou hérnias de disco.


O Boxe também exige bastante das articulações como quadril e joelhos, mas certamente a maior solicitação está direcionada para a articulação dos ombros. Por outro lado, a prática freqüente e consciente da atividade prevenirá lesões, na medida em que a musculatura que recobre a articulação do ombro (Deltóide) se fortalecer e se tornar mais saudável.

Em casos de lesões sérias, deve-se tratar as articulações antes de iniciar esta prática, para evitar maiores problemas.

Em todo caso, experimente fazer algumas aulas preocupando-se em realizar um bom aquecimento que inclui não apenas alongamento da musculatura, mas também a mobilização articular – simular os movimentos do boxe através de movimentos articulares suaves e sem sobrecarga.

Para quem ainda vai iniciar, é importante procurar um local de treino no qual o instrutor seja experiente e tenha domínio da técnica, para garantir um bom treinamento, bem como evoluir sem colocar em risco seu próprio corpo, em especial as articulações.

Outro cuidado se refere à escolha de acessórios importantes para a prática, como luvas específicas e roupas leves que permitam amplitude nos movimentos.

Bom treino!!

27 de fevereiro de 2011

Transtorno de Pânico e Ansiedade Generalizada: Síndromes Ansiosas

Os termos técnicos referentes aos transtornos mentais, que antes se restringiam aos hospitais ou clínicas médicas, têm alcançado pessoas de diversas camadas sociais e provocado mudanças na forma de ver o ser humano, há tempos observado pelo prisma biológico e hoje analisado também pelo viés emocional.

Muitos autores desconfiam que a fase de transição e a conseqüente mescla entre os ideais modernos e pós-modernos sejam os responsáveis pela freqüência de sintomas de ansiedade e depressão na população ocidental, por razões que poderão se discutidas em outra ocasião, pois a intenção deste post é falar sobre as Síndromes Ansiosas, em especial a do Pânico.

A palavra “síndrome se refere ao conjunto de sinais e sintomas que se agrupam de forma recorrente e são observadas na prática clínica diária” (Dalgalarrondo, 2008).

As Síndromes Ansiosas são ordenadas inicialmente em dois grupos: Síndrome do Pânico e Ansiedade Generalizada.

O diagnóstico de ansiedade generalizada admite a presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos seis meses. Estes sintomas são: angústia freqüente, dificuldade em se concentrar e irritabilidade, insônia, cefaléia, dores ou queimação de estômago e dores musculares, bem como taquicardia, tontura, formigamento e sudorese fria.

Já as crises de pânico acontecem de forma intermitente, intensa e com a eclosão de vários sintomas ansiosos. A crise pode vir acompanhada de agorafobia (fobia de lugares amplos e aglomerações), mas isso não é uma regra.

Podemos definí-la como ataques súbitos de ansiedade, acompanhados de sintomas físicos e afetivos. Atinge cerca de 3,5% da população geral ao longo da vida e é mais comum em mulheres e indivíduos entre 30 e 40 anos de idade.

As crises de pânico trazem sofrimento que vão além de seus episódios, pois apresentam um alto grau de ansiedade antecipatória, caracterizada pelo medo de ter um novo ataque e pelo comportamento de “evitação fóbica” – evitar locais ou situações nos quais já ocorreu um ataque de pânico.

A recorrência de tais crises acompanhadas pelo medo de perder o controle, ter um enfarto ou de enlouquecer, definirá o quadro como Transtorno de Pânico.

Por causa da intensa descarga energética sobre o sistema nervoso autônomo, causada pela ansiedade excessiva, o indivíduo com pânico terá sintomas como: taquicardia, suor frio, tremores, desconforto respiratório ou sensação de asfixia, náuseas, formigamentos em membros e/ou lábios

O grau de despersonalização (sensação de a cabeça ficar leve, de o corpo ficar estranho, diferente, não familiar) experimentada pelo paciente dependerá da intensidade da crise vivenciada.

Tratamento:

A pessoa que tiver pelo menos quatro destes sintomas juntos deverá procurar um psiquiatra, que poderá diagnosticar a presença ou não do pânico. Este profissional irá medicá-lo adequadamente para que haja a diminuição do sofrimento.

Porém, embora o remédio seja importante no tratamento, não é suficiente para por fim ao sofrimento do indivíduo com pânico.

Alguns poderão dizer que isso não é verdade, que tal transtorno pode ser causado pelo desequilíbrio na produção de neurotransmissores e que o ajuste deste desequilíbrio por si só resolve o problema.

Acontece que não se sabe, como dizem, quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha. Não sabemos se o sofrimento é causado pelo mau funcionamento cerebral ou se é ele, o sofrimento, quem desregula os níveis de neurotransmissores.

Sabemos, porém, que todo sofrimento precisa de um lugar para ser elaborado e a psicoterapia é um dos lugares mais propícios para lidar com a dor e encontrar novos sentidos para a vida. Coisas que o remédio não pode proporcionar sozinho.

Como complemento você também poderá adotar a prática de Yôga ou relaxamento.

22 de fevereiro de 2011

Pilates e Yoga

Comecei a praticar Yoga há aproximadamente um mês e estou curtindo bastante.
Ainda não posso ser considerada um expert no assunto, mas deu pra entender um pouco sobre a prática, especialmente ao que se refere à vivência física, aliás, boa demais.
Muitos dos movimentos eu já conhecia, dado que Pilates foi bastante influenciado pela Yoga ao desenvolver seu método e hoje pude refletir um pouco mais a respeito da proximidade das duas práticas ao responder a algumas questões a respeito para o site: www.vidadejovem.com.br
Um site especialmente elaborado para informar os adolescentes. Segue a entrevista...

1. Qual a diferença e a semelhança do yoga e do pilates?


Na verdade Joseph Pilates era um praticante de Yoga e, por isso, essa modalidade influenciou-o na criação de seu método, hoje conhecido como Pilates. Em termos de movimentos executados, a semelhança é grande, tanto uma modalidade quanto a outra faz bastante uso de movimentos como extensões, flexões e torções de coluna e há, também, em ambas, um intenso trabalho da musculatura abdominal.
Creio que a diferença principal seja a ideologia de cada modalidade. A Yoga, é uma prática milenar que visa a integração da totalidade do ser humano – inclusive, o termo Yoga quer dizer “União”, nesse caso, entre corpo e mente.
Já o Pilates, embora proporcione um trabalho holístico como a Yoga, tem características mais voltadas ao treinamento físico, ou seja, embora não negue, não tem como premissa uma filosofia de vida.


2. Se o adolescente tiver problemas na coluna (lordose, escoliose), o pilates pode substituir o RPG? Por que?


Sim. O Pilates não só substitui o RPG, mas também pode ser mais atraente para o adolescente, pois é mais dinâmico. Outro ponto a favor do Pilates é que, além da prática promover a saúde da coluna, como ocorre no RPG, ele influencia no padrão do movimento do praticante, é uma atividade funcional, e melhora o condicionamento físico. Desta forma, o adolescente passará a se movimentar de maneira mais apropriada para evitar lesões no dia a dia e na prática de outras atividades físicas, além de ter uma melhora considerável em sua postura e sentir mais disposição física.


3. Existe alguma posição do yoga e do pilates que de ser evitada no período menstrual? Por que?


No Pilates não há nada específico neste sentido, o que pode ocorrer é que a menina pode sentir a lombar mais sensível neste período e se incomodar com alguns movimentos, como extensões grandes de coluna (que são movimentos nos quais o tronco e direcionado para trás – a cabeça apontando na direção do bumbum), mas neste caso, ela poderá fazer os mesmos movimentos com uma amplitude menor.
No caso da Yoga, há determinadas posição que não são recomendadas em período menstrual e a praticante deverá procurar orientação de seu professor.
Mas considero importante enfatizar que a prática de exercícios físicos durante a menstruação é uma ótima escolha, pois diminui os sintomas físicos desagradáveis típicos desta fase, além de diminuir o volume do fluxo menstrual com o passar do tempo.


4. Para quem quer ter uma barriga definida, o pilates pode ajudar a definir?


Sim. Um dos principais objetivos do Pilates é o fortalecimento da musculatura abdominal e, para isso, o trabalho abdominal durante a prática é intenso. Mas há uma diferença entre os resultados estéticos na musculatura abdominal na prática de Pilates quando comparada à pratica de exercícios com pesos realizados na musculação, por exemplo.
A utilização de sobrecarga alta (exemplo: halteres e caneleiras pesadas) produzem os conhecidos “gominhos” na musculatura abdominal, como vemos nos halterofilistas. No caso do Pilates, o trabalho abdominal solicita músculos mais profundos, como o transverso do abdômen, e o resultado é mais um afinamento da região abdominal (a cintura costuma ficar mais definida).
Porém, não podemos esquecer que, tanto um resultado quanto o outro, dependerá de fatores combinados à pratica, como uma alimentação com baixa ingestão de gorduras e açucares e a prática de exercícios aeróbicos, em especial para pessoas que estão acima do peso.

11 de fevereiro de 2011

Fernando Pessoa...pra alimentar a alma

O amor, quando se revela...


O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.


Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer


Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!


Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

23 de janeiro de 2011

Noite do Fado: Quinta di Olivardo

No segundo sábado do mês o restaurante Quinta di Olivardo fica movimentado com o evento: Noite do Fado.


Uma noite na qual não apenas o menu fica especial com o caprichadíssimo prato de bacalhau, mas também a atmosfera do local que envolve os presentes ao som do autêntico fado português, interpretado por duas cantoras sensacionais de vozes e charme invejáveis.


O restaurante Quinta di Olivardo inaugurado em 2007, foi o primeiro restaurante português do Roteiro de Vinho de São Roque  - SP e é conhecido pela qualidade de sua culinária.


Antes disso, os donos mantinham apenas uma vinícola, que logo foi complementada por um quiosque de produtos alimentícios para que os clientes tivessem o que beliscar enquanto escolhiam o vinho.


O restaurante está localizado na Estrada do Vinho, Km 4 - dentro do Roteiro do Vinho de São Roque e funciona de segunda a domingo para o almoço e também às sextas e sábados para o jantar, além de oferecer uma vez por mês a Noite do Fado.


Para abrir o apetite antes da chegada do prato principal são oferecidos: bolinhos de bacalhau, a bagaceira e a Alheira, tudo bem gostoso!


Mas, se como eu você não tiver o bacalhau como predileto, terá como opção um bom prato de filé mignon, arroz e batatas, tudo acompanhado de um vinho bem saboroso.


A noite finaliza com fados cantados sem microfone, seguidos de fados brasileiros ao sabor de pastel de nata.


Para completar o programa, basta estar bem acompanhado!

14 de janeiro de 2011

Terapias Alternativas e Práticas Psicológicas


Terapia alternativa é toda e qualquer forma de tratamento que se diferencia dos meios convencionais de cuidado e cura empregados pela medicina e pela psicologia. Os modelos de terapia alternativa conhecidos atualmente são inúmeros, entre elas: astrologia; numerologia; cristaloterapia; terapia regressiva de vidas passadas; cromoterapia e florais, entre outras.


Tais práticas têm se proliferado consideravelmente há alguns anos no Brasil e seguem conquistando cada vez mais adeptos, apesar de haver dúvidas em torno da confiabilidade dos resultados, bem como em relação às competências dos profissionais que as aplicam (TAVARES, 2003).


Segundo Gauer (1997) a imensa procura destas práticas está atrelada ao fenômeno pós-moderno, favorecido pelo movimento hippie dos anos 70 que fez emergir, no âmbito social, as religiões orientais e a busca de integração indivíduo-cosmos. As terapias alternativas começaram efetivamente a ganhar espaço nos anos 80 – marcados pelo grande interesse das “camadas médias urbanas das práticas oraculares” (TAVARES, 2003, p.87) e desde os anos 90 quando deu-se início às disputas sobre a legitimidade de tais práticas.


Desde então, assiste-se inúmeras polêmicas e diferentes opiniões entre os profissionais da área da saúde, especialmente entre médicos e psicólogos, o que acaba por implicar em diferentes posicionamentos dos órgãos regulamentadores destas profissões (TAVARES, 2003). No caso da Psicologia, as modalidades de terapia acima mencionadas foram vetadas pelo Conselho Federal de Psicologia nos anos 90, posição que continua em vigor até hoje.


Vale atentar ao fato de que as mesmas motivações: problemas conjugias; relacões inter-pessoais; depressão; fobias; etc, provocam a busca por terapias alternativas ou pelo tratamento psicológico, talvez porque o sincretismo religioso típico do nosso país favorece a busca por modalidades diversas que abarquem explicações psicológicas e espirituais. Outro aspecto importante a se pensar é o fato de não haver clareza por parte dos profissionais – psicólogos e terapeutas alternativos, sobre o que embasa sua prática, o que, em última instância, gera confusão de papéis e desinformação da população.


Parece também que a pluralidade existente na Psicologia interfere na tentativa de classificação das práticas terapêuticas existentes. O único caminho para sair deste impasse é perceber que as terapias alternativas não decorrem diretamente das abordagens psicológicas, mas têm influência de religiões orientais, concepções holísticas de corpo, psiquismo e espiritualidade (GAUER, 1997).


Em suma, a Psicologia se diferencia das práticas alternativas não só por estar pautada na cientificidade, mas principalmente porque ela tem como objeto de estudo o sujeito enquanto ser bio-psico-social, não estando, por isso, atrelada a aspectos místicos espirituais. Tendo em vista que de uma maneira ou de outra tais práticas trazem benefícios (GAUER, 1997) não nos cabe realizar um juízo de valor a respeito delas, posto que simplesmente não as realizamos.


                      “O alternativo não se define, então, pela atividade prescrita em  si, nem pelo fato de se constituir como uma experiência nova no campo da intervenção psicológica, mas pelo tipo de conhecimento veiculado e pelas concepções de homem e de mundo a eles subjacentes” (GAUER, 1997, p.2).


Referências Bibliográficas:


BOCK, A.M.B.. Resolução CFP Nº 10/97 . Conselho Federal de Psicologia, Brasília,out/1997. Disponível em: . Acesso em: 19 out. 2002.

FURTADO, O.. Resolução CFP Nº 005/2002 . Conselho Federal de Psicologia Dispõe sobre a prática da acupuntura pelo psicólogo, Brasília, mai/2002. Disponível em: . Acesso em: 19 out. 2002.


GAUER, G.; SOUZA, M. L.; MOLIN, F. D; GOMES, W.B.. Terapias alternativas: uma questão contemporânea em psicologia do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Rio Grande do Sul. In: CONGRESSO CIÊNCIA E PROFISSÃO DE BRASÍLIA, VL. 17, n.2., 1997, Brasília.


TAVARES, F. R. G.. Legitimidade Terapêutica no Brasil Contemporânea: As Terapias Alternativas no Âmbito do Saber Psicológico. [Editorial]. PSYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 13 (2):83 – 104, 2003.

6 de janeiro de 2011

Guarda do Embaú

Pela primeira vez estou visitando a Guarda do Embaú, Santa Catarina. O Sol também está hospedado entre poucas nuvens destas bandas e tem completado a deliciosa experiência destas férias que tem um tom de comemoração pra mim.


Estar aqui me faz perceber o quanto eu adoro praia, além de me lembrar muito a minha infância, quando costumávamos passar férias e quase todos os finais de semana na praia.


Eu e meu marido estávamos avaliando nossa escolha de vir para cá. Comparamos desde os custos, o público (para mim, educação faz diferença sempre, mas especialmente quando se está em férias), o trânsito e a temperatura da água do mar com as praias paulistas, bem mais próximas do que a Guarda, ponto a favor, mas intransitáveis nesta época do ano.


Hospedar-se próximo da praia, diretamente proporcional ao alto custo no caso das praias paulistas, se transforma em outro ponto a favor da Guarda, já que aqui há um número significativo de pousadas a poucos metros da praia e a custos acessíveis. E não ter que depender de carro para tomar banhos de mar realmente não tem preço!


Pensando bem, acho que a questão na decisão fica por conta da distância mesmo, cerca de 10 horas de estrada de São Paulo à Guarda do Embaú implicam em disponibilidade de tempo, necessidade de carros em boas condições: mecânica e conforto e colunas saudáveis, além de uma ótima seleção musical para distrair.


Por outro lado, dependendo da data que se vá às praias paulistas, pode-se perder um número de horas bastante próximo deste e a irritação de ter que trocar marchas lentas a cada metro é por demais irritante. Como ouvi estes dias: “Você vai a praia para relaxar e volta ainda mais estressado”.


Desnecessário dizer que estou feliz com nossa escolha, mas como nunca é demais falar em felicidade...