29 de dezembro de 2009

Natura todo dia...por Arnaldo Antunes

Eu sou o tipo de pessoa que adora apreciar as palavras, especialmente quando a combinação de muitas formam um texto que toca a alma! Admiro a beleza do que é dito entre linhas e que pode adquirir significados e despertar significantes diferentes em cada leitor.
Gosto muito da construção do texto declamado na propaganda da Natura, gosto de cada frase.
Acho lindo imaginar que, mesmo falando de coisas corriqueiras, daquilo que é comum à experiência de qualquer pessoa, o texto desperte diferentes memórias e, possivelmente, não tão diferentes sensações em nós, seres essencialmente afetivos - passíveis de serem afetados pela beleza de um bom texto.
Gosto de lembrar que a rotina ainda existe num mundo tão ansioso por novividades, pensar isso me traz paz, traz a tranquilidade inserida na percepção de que é possível desacelerar um pouco. Saber posso ser eu mesma, permanecer incluída na minha mesmisse, no meu idêntico que cabe no dia-a-dia da minha identidade. Baixar a ansiedade de mudar por causa da fantasia de ser mais interessante, diferente!

Rotina

A idéia é a rotina do papel.
O céu é a rotina do edifício.
O inicio é a rotina do final.
A escolha é a rotina do gosto.
A rotina do espelho é o oposto.
A rotina do perfume é a lembrança.

O pé é a rotina da dança.
A rotina da garganta é o rock.
A rotina da mão é o toque.
Julieta é a rotina do queijo.
A rotina da boca é o desejo.

O vento é a rotina do assobio.
A rotina da pele é o arrepio.
A rotina do caminho é a direção.
A rotina do destino é a certeza.
Toda rotina tem sua beleza.

27 de dezembro de 2009

Como?!

“Maus Hábitos” é uma produção mexicana que trata da Anorexia Nervosa enquanto cruza a história de três mulheres e uma garotinha. Ela, a mãe e uma freira vivem o drama de privação do prazer em comer em diferentes perspectivas. E a quarta mulher personaliza um ícone oposto, aproveitando ao máximo o prazer pela comida e o prazer sexual. Uma produção simples, mas que se valoriza em função de abordar um tema importante da contemporaneidade.

Resumindo vemos um ambiente familiar cheio de hostilidade e superficialidade, no qual uma mãe, preocupadíssima com sua forma física, entra num quadro clínico severo de anorexia, enquanto tenta fazer com que sua filha, uma criança acima do peso e apaixonada por doces, emagreça – flagrando conflitos comuns a desejos opostos. Vemos também uma freira que realiza um jejum intenso com a esperança que Deus faça com que a chuva sobre sua cidade pare. Enquanto estas três se estressam com sua alimentação, o marido da primeira se envolve com sua aluna cheia de curvas e de bem com a vida.

Assistir a esse filme foi impactante pra mim que vivo num meio cercado de dietas e de guerra às calorias. No dia seguinte ao assistir ao filme, fui à academia e reparei que as pessoas só falavam do quanto tinham comido no dia anterior, Natal! Ao prestar atenção nas conversas ao redor percebi que só havia duas maneiras com as quais as pessoas abordavam este assunto, ou falavam, com um ar de culpa, que haviam exagerado, ou cheias de orgulho diziam sobre ter se controlado, o que gerava ainda mais culpa na amiga.

Isso tudo foi me fazendo sentir estranha no meu habitat natural, já que em geral, nem repararia em nada disso. Mas o mais curioso é que, ao invés de eu relaxar um pouco com a dieta e com a malhação depois de assistir ao filme, acabei treinando ainda mais forte. Isso tudo me soa tão estranho, quero dizer, será que o filme, que deveria confirmar minhas convicções de felicidade acima da aparência – já que sou uma pessoa que ama comer, acabou me incentivando ao oposto?! Me deu até vontade de pesquisar cientificamente esse aspecto do assunto.

Desde então, tenho sentido como se minhas convicções estivessem em risco, como se minhas idéias de comer com prazer ainda que isso me impeça de ter todos os músculos que eu gostaria e me faça reservar muito mais gordura do que eu pretendia, parecessem insipientes.

Procurei saber mais sobre a Anorexia Nervosa sob o ponto de vista psicológico e encontrei muitos artigos a respeito do tema, tentei resumir algumas idéias, mas não pude atingir a dose certa entre informação e profundidade e decidi colocar aqui o texto da Psicanalista Fernanda Pimentel, um texto claro e bem estruturado encontrado no blog da Psicanalista, disponível em: www.viafreud.blogspot.com

“A palavra Anorexia é composta pela partícula “a” que significa privação, mais “orexia”, que se origina do grego “orektos” e significa apetite e desejo. Colocando a anorexia não somente como uma patologia da ordem da privação do apetite, mas também da privação de desejo.

O que o sintoma anoréxico sustenta é uma impossibilidade de satisfazer um desejo. Com esta visão, o jejum e a perda de peso são encarados como um modo do sujeito obter satisfação, negando a presença deste desejo. A inapetência pela comida se traduz também como uma inapetência de desejo. Desejo este que por algum motivo se mantém recalcado e permanece inconsciente.

A relação do desejo com o objeto é uma falta e não algo que lhe proporcionará uma satisfação. É isto que mantém o desejo e nos mantém como sujeitos desejantes, porque a estrutura do desejo implica nesta inacessibilidade do objeto, tornando-o indestrutível. Dessa forma, a insatisfação do desejo não é uma insuficiência, mas uma eficiência, já que é esta característica que o faz impossível de ser satisfeito e, portanto indestrutível.

O que caracteriza o desejo, segundo Freud é este impulso para reproduzir uma satisfação original, ou seja, produzir um retorno a algo que já não é mais, a algo perdido cuja presença é marcada pela falta.

A anoréxica nega o desejo, nega sua impossibilidade de satisfação e se satisfaz comendo nada. Negando o desejo, nega-se também a falta. E é aí que entra a figura materna
As mães das moças anoréxicas tem algo em comum: apresentam-se como mulheres fortes, fálicas, completas. A partir disso pode-se pensar a Anorexia como um sintoma endereçado a esta mãe fálica, com o objetivo de inscrever nela uma falta, um espaço. Como uma forma de reagir ao controle materno.
Segundo J. Lacan, é necessário que algo falte para que se instale o desejo e o sujeito advenha como sujeito desejante, sujeito da linguagem. As mães de anoréxicas não permitem a instalação desse vazio.
No caso das anoréxicas, a falta não se presentifica devido à presença avassaladora da mãe. Assim, o objetivo da anoréxica é criar uma separação, um brecha. O sintoma aparece para marcar o desejo do sujeito de inserir uma falta no outro e assim, nele próprio. Para evitar que a voracidade materna continue obturando seu desejo, a anoréxica passa a devorar o nada, passa a desejar o nada, diante da impossibilidade de desejar outra coisa.
Segundo A. Nogueira, em tese de mestrado, “o sujeito massacrado pelos cuidados do outro, recusa o objeto oral, o esvazia e diz a esse outro que busque um objeto de desejo além dele, fora dele, além do próprio sujeito porque assim, este encontrará a via rumo ao desejo”.
O sintoma, então, surge diante da onipotência da mãe. Na tentativa de preencher todos os buracos, ela obtura, com a satisfação de necessidades, o vazio que daria espaço para a filha se constituir sujeito. Dizendo não á demanda da mãe, a criança pede que ela olhe em outra direção, diferente dela própria.
Para encerrar, fica uma frase de J. Lacan (Escritos, 1958):

“É a criança alimentada com mais amor que recusa o alimento e usa sua recusa como desejo”.

Fernanda Pimentel

24 de dezembro de 2009

Imagens

Em minha mente vivem flutuando representações e lugares, imagens que contém muitos significados que nem sempre consigo decifrar.

Um exemplo disso é que, antes de dormir, todas as noites, eu percebo que há uma imagem específica na minha cabeça que não tem absolutamente nada a ver com qualquer coisa que eu tenha visto ou pensado durante o dia.

Essa imagem parece ter saltado defesas que eu procuro manter sempre em vigília, mas que nesta hora, por alguma razão se afrouxam e dissimuladamente deixam passar formas que querem me dizer algo incognoscível.

Tenho a impressão que tais idéias se mantém à espreita, esperando um cochilo do meu eu pra me lembar o esquecido e me fazer re-colher memórias antigas, partes de mim perdidas em alguma instância arcaicamente construída e sumariamente abortada, mas carente de ser novamente sentida e pensada.

Quais imagens? Imagens que dizem tão pouco a quem me lê, quanto a mim mesma inserida numa auto-leitura. Em geral lugares, apenas espaços físicos, nada de cenas, lugares da minha infância: casas, portões, corredores e salas. Pedaços!

Acho que o plano de falar comigo tramado pelo meu próprio inconsciente é por demais infantil, já que pouco me diz. Talvez por estar internado no tempo de imagens sem verbos, classificando-se como sinais produzidos pelos reflexos de luz sobre os objetos em direção da meu olhar e arquivados como fotografias que significavam algo que eu já não sei mais o que é.

Outras imagens um pouco mais inteligíveis também me perseguem, mas num outro contexto. Explico: durante a análise, inúmeras vezes, muitos insights vêem acompanhados de informações visuais, nem sempre coerentes, mas indubitavelmente sufientes para completar em forma de efígie, uma idéia livremente associada.

Gosto de imagens e figuras de linguagem, gosto de conceitos, definições e significados, gosto de símbolos, de expressões faciais e de mãos expressivas, adoro olhares e traduções, me interesso por latim. Gosto do movimento que meu psiquismo coreografa sua tentativa de me in-formar de dentro pra fora e pra dentro de novo.

Imagens me marcam, me tatuam e me enchem de desejo de defrifá-las ao mesmo tempo que me inundam pelo medo de que o véu se rasgue.

23 de dezembro de 2009

Poetizando

A intensidade me instiga
A felicidade me ilude
Quero parar, preciso pensar, preciso conter!
Um calor que surge do nada e aquece de um jeito...
Preciso pensar, quero parar, preciso conter!

Volte pra longe, como estava outro dia
Foge sem medo de perder seu lugar
E volta pra cá, depois de algum tempo
Volta e me aquece, preciso pensar!

Preciso conter o que não pode ser visto
Preciso deter todo imprevisto
Preciso pensar, preciso parar!

A batida aumenta e ecoa em meu todo
Mãos e silêncio, suspiros incertos, desejo o desejo
Preciso pensar, não quero parar, não posso conter!

Quebra Nozes...Emocionante!

Quanta emoção um espetáculo de ballet pode te causar? Se me fizessem esta pergunta há menos de uma semana eu não saberia responder, mas agora eu consigo inclusive descrever cada sensação que tive nos diferentes momentos da apresentação. No último sábado eu assiti ao ESPETÁCULO de Ballet QUEBRA NOZES em montagem da coreógrafa Dalal Achcar para o corpo de bailarinos do Municipal do Rio de Janeiro. Após ter estudado nas melhores escolas de Nova York, Londres e Paris, a carioca Dalal tornou-se conhecida como uma esplêndida bailarina, professora e coreógrafa de ballet. Eu só posso dizer que ela merece, as coreografias são deslumbrantes!

Assistir ao ballet foi, enfim, uma experiência incrível, não só porque a apresentação foi maravilhosa, mas também porque eu tenho verdadeira paixão por dança. Durante a apresentação, fascinada por meias-pontas perfeitas e pela graciosidade e excelência na execução de arabesques, piruetas, attitudes, fouettés e chacéss, eu me senti em uma dimensão diferente, hipnotizada diante do poder de acelerar meu coração que a música de Tchaikowsky e a aquela coreografia tinham. A palavra Ballet é derivada do italiano ballare, que significa bailar, mas o que eu assisti no sábado foi muito além da definição "auréliana" de bailar, aqueles bailarinos flutuavam através de multiplas piruetas, ora no chão, ora nos ares.

A estreia de o Quebra Nozes se deu em 18 de Dezembro de 1892 com coreografia original de Marius Petipa (1818-1910), na Rússia, porém, assim como outras obras de Tchaikowsky - O Lagos dos Cisnes e a Bela Adormecida, o ballet Quebra Nozes se ocidentalizou, tendo sido apresentado primeiramente em 1954 no New York City Ballet com coreografia de George Balanchine e posteriormente por Rudolf Nureyev, Royal Swedish Ballet (1967) e England's Royal ballet (1968) e Mikhail Baryshnikov, American Ballet Theatre (1976). Com tantas produções, o Quebra Nozes se tornou um dos mais famosos espetáculos no clássico repertório natalino, no teatro, no balé e no gelo.

Outro fator que colaborou para difundir esta obra se deve ao fato de Tchaikowsky utilizar-se em sua composição de elementos de diferentes culturas, como é o caso do "Divertissement" (Divertimento), momento do segundo ato no qual assitistimos uma seqüência de danças de caráter, como o Chocolat: Danse Espagnole (Chocolate: dança espanhola) que se trata de um bolero estilizado destacando-se um solo de trompete e castanholas. É também nesta obra que ouvimos uma das músicas mais conhecidas de Tchaikowsky - aquela que toca no comercial de Natal do Shoping Bourbon, sabe?!.
Uma curiosidade do Quebra Nozes é que, embora as suites de balé sejam normalmente realizadas depois da peça pronta, no caso desta obra foi elaborada ao mesmo tempo de sua composição.

A História:

Se passa no século XIX, na Europa Oriental. Como prefeito da cidade, o médico Jans Stahlbaum realiza uma grande festa de Natal para sua família e amigos. Seus dois filhos, Clara e Fritz, esperam ansiosos por seus convidados que chegam com as mãos cheias de presentes para as crianças, mas é o presente que Clara recebe de seu padrinho que a encanta, um quebra-nozes que em seguida é quebrado pelo irmão da menina. Fato que deixa Clara completamente desapontada. Mais tarde, os convidados começam a deixar a casa e Clara vai para a cama, sem conseguir dormir, volta ao salão onde havia acontecido a festa e adormece numa poltrona com seu boneco nos braços. Neste momento começa a aventura da garota com o boneco quebra nozes que toma vida, luta com ratos malvados comandados pelo Rei dos Ratos e que são corajosamente derrotados pelo quebra-nozes.
O passeio de Clara e o boneco quebra-nozes continua por diferentes cenários acompanhados por lindas coreografias realizadas por bailarinos fantásticos.

Vale a pena assistir!

7 de dezembro de 2009

TERAPIA BOWEN...Você ainda vai ouvir falar muito a respeito!

A terapia Bowen é uma técnica de tratamento que leva o nome de seu criador, Tom Bowen, um australiano falecido em 1982, que desenvolveu este trabalho inovador em sua clínica em Geelong, Vitória, durante 32 anos. Apesar de não ser assim tão jovem e ter sido bastante difundida na Europa, Japão e, especialmente, na Austrália, a Terapia Bowen é uma novidade no Brasil, para se ter uma idéia, há apenas 10 especialistas da técnica em todo país, entre estas pessoas orgulhosamente estou eu!
A técnica consiste em aplicar movimentos nos músculos, tendões e ligamentos específicos, iniciando o relaxamento muscular e a redução da pressão sobre os nervos. Estes movimentos se caracterizam por uma manipulação cruzada suave da fibra da fáscia muscular ou do tecido conjuntivo.
A fáscia muscular, além de recobrir todo o corpo, permite a “comunicação” entre cada parte dele. Comportamentos como: postura física inadequada, excesso ou falta de atividade física, movimentos repetitivos, padrões ineficientes de movimentos pré-estabelecidos, contusões mal curadas e desequilíbrio muscular, entre outros, tendem a deixar a fáscia muscular desidratada e endurecida, causando dores e processos inflamatórios.


O movimento Bowen é um estímulo manual (movimentos de rotação) realizado em pontos específicos e traz alívio e tratamento à maioria dos sintomas físicos apresentados - doenças físicas, queixas musculares, estruturais e viscerais, pois o relaxamento da fáscia muscular proporciona maior irrigação sangüínea local, drenagem linfática e equilíbrio energético.


O processo consiste em dar-se um estímulo local sobre a pele do paciente(movimento Bowen) que ativa a fáscia muscular de uma maneira específica ativando os receptores que sinalizam resposta ao Sistema Nervoso Central. O SNC decodificará este estímulo e responderá a ele atuando sobre o local machucado de forma a gerar um processo de auto-ajustamento, equilíbrio dos sistemas Simpático e Parassimpático e, por fim, a cura.


A técnica é considerada, portanto, uma modalidade dinâmica de relaxamento fascial e muscular. O corpo recebe o estímulo e responde de acordo com a necessidade de ajuste individual.

Numa linguagem mais simples...segue o depoimento de uma das primeiras pessoas que eu atendi, ela faz ballet e treina musculação pesado, sentia dores lombares e nos ísquios e depois da primeira sessão, me escreveu:
"Dê querida, to impressionada com a técnica de Bowen. Não sei explicar direito, mas to muito melhor. Diria 70% melhor das dores e com uma sensação de corpo leve com cansaço (estranho, né!). Mtu mtu mtu obrigada, quero ser cobaia sempre, rsrsrs. Mts bjs, Rê."
Saiba mais:
http://www.terapiabowen.com.br/

6 de dezembro de 2009

Comer, beber e conversar.

Que dia mais gostoso...! Diferentemente de muita gente, eu gosto de domingo, a gente acorda mais tarde e pode assistir TV sem pressa, com direito a cochilos que podem ou não respeitar a programação...
A-DO-RO!
Mas hoje pra mim foi um domingo particularmente delicioso, recebi pessoas queridas em casa e estreei uma receita especial, cheia de ingredientes saborosos que juntos ficaram ainda melhor!
Com o ego ainda inflado pelos elogios que recebi, escrevo a receita aqui, mas aviso... como toda amante da culinária, fiz adaptações, de acordo com meu gosto pessoal, a algumas receitas de molho pesto que pesquisei.

PENNE AO PESTO COM CAMARÕES

Ingredientes:

1/4 de xícara de manjericão
1/4 de xícara de salsinha picada
1/2 xícara de azeite de oliva
3 tomates médios maduros bem picados
150g de parmesão italiano ralado
2 dentes de alho
10 nozes
1/2 xícara de chá de conhaque para flambar
3 colheres de manteiga
Sal grosso a gosto
800g de camarão rosa

Preparo:

Tempere os camarões com sal, pimenta e meio limão e reserve.
Pique os tomates em pedaços bem pequenos e reserve.
Bata no liquidificador: o manjericão, a salsinha, as nozes, o azeite, os dentes de alho e o sal grosso. Bata até formar uma pasta, coloque num recipiente e acrescente o queijo ralado, reserve.
Numa frigideira grande coloque os camarões e deixe cozinhar por cerca de 4 minutos, acrescente o conhaque e flambe.
Enquanto isso, numa panela grande, coloque os tomates picados junto com a manteiga, por alguns segundos (não precisa esperar a amnteiga derreter).
A esta altura os camarões estarão prontos, junte-os ao tomate e acrescente a pasta. Misture tudo e acrescente o Penne cozido.
Deixe poucos minutos para que o azeite não perca o sabor e sirva num refratário.
Acompanha vinho branco ou tinto.

Dica:

Se você não gosta de camarão, pode fazer o molho pesto com a massa e servir com uma carene ou um peixe.

4 de dezembro de 2009

Dormir nunca é pensado como um simples verbo!

Como é bom Dormir...!
Dormir uma noite inteirinha, cheia de sonhos imemoráveis, por causa da amnésia causada pela profundidade da experiência deste sono invetero.

Noites assim produzem manhãs diferentes, a começar pelo momento exato do acordar propriamente dito. O despertador toca e a pessoa experimenta uma desorientação de tamanha amplitude que passa a se perguntar sobre o que é vital: "quem sou", "onde estou", "o que está acontecendo?".
Perguntas em geral repetidas apenas por um adulto mentalmente sadio em momentos de crise intensa ou após uma mau súbito severo.

Com o corpo as coisas também ficam diferentes, os olhos são os primeiros a responder à ordem dada pelo Sistema Nervoso Central de acordar, mas o cumprimento deste decreto mental vem acompanhado da sensação de que o corpo não tem condições de realizar quaisquer movimentos, desde os mais básicos como uma simples torção de espreguiçamento ou uma mudança de posição, deitado mesmo, sobre a cama...macia, quentinha, ainda mais desejada do que na noite anterior.

Uma noite bem dormida é de dar inveja a qualquer um, ainda que esta pessoa não sofra de insônia. Se sofrer então...dá até pena de comentar este prazer, chega a ser maldade, pura falta de consideração e humanismo!

Enfim, utopia de médicos em plantão e provavelmente de guardas-noturnos e mães de recém nascidos, uma boa noite de sono recarrega nossas energias e nos dá ânimo para recomeçar, com sonhos então, pra mim representam um prazer imenso!

Há algum tempo eu não tinha uma noite dessas, mas consegui uma ontem e ainda sinto o gostinho dela no corpo, um gostinho, como dizem, de quero mais, ai ai...!

Escrever este post me deu vontade de escrever outro, epecificamente sobre sonhos e Psicanálise, mas vou deixar pra outra hora, porque tá me dando um sono...!

3 de novembro de 2009

Epílogo do livro: Nunca lhe prometi um jardim de rosas, by Deise Navarro

Era uma típica manhã de primavera. Deborah podia sentir o ar fresco que entrava pela fresta de sua janela e parecia energizar seu corpo todo ao ponto de despertá-lo. Ao descer do seu antigo quarto, viu a mesa pronta e o cheiro de café lhe abriu o apetite.
- Bom dia querida, dormiu bem? Perguntou Esther.
- Sim mãe, muito bem. Respondeu Deborah sentando-se à mesa.
- Oi filha! Jacob parecia bem desperto, pudera, havia acordado há muito tempo. Tempo suficiente para aparar a grama e organizar algumas coisas na garagem.
Deborah não sabia por onde começar, bolos, pão fresquinho, - Que delícia, tentarei não exagerar! Lembrou-se de su
a dieta. Continuou a conversa trivial com a mãe, até que Suzy entrou na cozinha. Sua presença interrompeu o diálogo e ambas foram em sua direção.
- Parabéns maninha! Hoje é um dia especial! Disse Deborah enquanto a abraçava.
- Nossa filha, como estou feliz por você! Se o vovô estivesse aqui...! A mãe nem bem terminou de falar quando Jacob entrou e foi em direção à Suzy e num forte abraço levantou-a do chão. Deborah e Esther se entreolharam e decidiram participar deste momento, num grande e cúmplice abraço em família. Após se recomporem, Susy disse:
- Debby!!! Tome logo este café! Ainda temos muitas coisas pra providenciar!
- Calma Suzy, vai dar tudo certo, ainda dá tempo! Disse Debby sem convencer a irmã que a puxou pelo braço e a levou, derrubando algumas gotas de café pelo caminho. Após entrarem em muitas lojas, a busca chegou ao fim, lindos sapatos que combinavam com seus lindos vestidos! E embora Debby tivesse receio de estar sendo egoísta, não pôde interromper as associações que passeavam, livres, em sua mente:
- Daqui há pouco tempo serei eu a comemorar! Imaginando sua própria formatura.
O dia foi de alegria e excitação, logo chegaria a hora do baile e Debby continuava a acalmar Suzy, bradando um confere! a cada item da lista da irmã.
Era fim de tarde, enfim, e Debby se olhava diante do espelho com seu vestido de gala, linda! Ainda imaginava o orgulho que Furii sentiria se a visse naquela hora, quando Suzy, explodindo de felicidade, entrou no quarto e a abraçou dizendo: - Que bom que você veio!
Chegando ao baile Deborah encantou-se com tantas flores, cores, luzes e a beleza das pessoas produzida por uma alegria compartilhada, era sua primeira participação num baile. Suzy foi ao encontro de suas amigas de sala para ensaiar os rituais tradicionais de bailes de formatura. A adrenalina que Deborah experimentava causava-lhe um prazer que nem os melhores anos em Yr poderiam proporcionar. – Minha irmã querida se formando! O orgulho não se limitava à formatura de Suzy, mas também ao fato de tê-la influenciado, de alguma forma, em se tornar uma Psicóloga.

Neste momento, um grupo de garotas veio ao seu encontro. - Debby!! Você veio?! Disseram sorrindo. Deborah sentiu seu coração disparar, suou frio e teve medo, mas respirou fundo. Não há perigo, pensou. Esta será uma noite de fortes emoções e eu escolho experimentar todas! Sentiu-se querida pelas garotas. Depois que se afastaram, lembrou-se do que Furii lhe disse um dia: - Pra quem supostamente fundiu a cuca! Nada mal mesmo esse talento para a vida! (p. 197) e sentiu orgulho de si mesma.
O baile durou a noite toda e a essa altura os pais das debutantes, em sua maioria bêbados, chegavam a cochilar nas mesas, na medida em que a música alta e animada dava lugar à melodias mais tranqüilas. Debby permanecia num canto do salão, enquanto Suzy e suas amigas estavam ao centro, diminuindo o ritmo da dança. Ao se perceber sozinha, começara a sentir um pouco de angústia e solidão, quando alguém tocou-lhe no ombro.
- Dança comigo? Disse um rapaz alto e simpático. Ao que Deborah respondeu: - Não levo muito jeito pra isso. Imaginando que assim, despistaria o rapaz. Diferentemente do que ela esperava, ele não desistiu: - Eu também não! Podemos tentar pisar o mínimo possível no pé um do outro, o que acha? Debby decidiu aceitar a mão que estava estendida diante dela.
No vai e vem da dança, seus pés pareciam nem tocar o chão e uma frase surgiu em sua mente: - Seja feliz Debby! Sorriu, sabendo que era ela mesma quem desejava aquilo!
Enquanto dançavam, ela se deu conta das mudanças que estava experimentando, já havia passado oito anos desde que saíra do hospital e, apesar de muitas vezes os sintomas quererem voltar, Deborah agora se conhecia bem, sabia usar sua pulsão de vida como ninguém! Seus estudos na faculdade de Artes Plásticas, juntamente com as duas sessões semanais de Psicanálise fortaleciam sua auto-estima e ela se amava cada dia mais.
Pouco a pouco a vida ia tomando mais espaço dentro dela e sempre que pensava no assunto, se convencia que havia feito uma boa escolha optando pelo mundo real, ainda que, depois disto, tivesse se apoiado muitas vezes na seguinte frase de Furii, para continuar em frente: “Nunca lhe prometi um jardim de rosas!” e Debby constatou que esta era uma verdade, embora sua tese pessoal dissesse que a vida era um lindo jardim, mas que suas rosas, apesar de belas, tinham espinhos que podiam ferir tanto quanto algumas queimaduras de pontas de cigarro. “O tumor” desaparecera definitivamente no penúltimo verão e sentia sua mente livre para estudar e estar perto dos amigos e da família. Trinta anos de vida! Lembrava satisfeita da festa surpresa que Suzy preparou em seu último aniversário. Hoje não vou precisar de algum sedativo?! Não sabia se devia perguntar ou afirmar. Decidiu então deixar pra lá seus pensamentos e aproveitar o momento. Envolvida nos braços do rapaz, cantarolava a linda música que tocava.

13 de outubro de 2009

À luz da escuridão

Olhos fechados, prefiro não abrir
Medo de olhar, medo de ver, de constatar
O escuro é seguro ainda que eu nada veja
E esse medo que não chega de assustar e me prender
A voz se cala e de muda, grita!
Num tom inaudível tenta despistar, destemer
O profundo escuro obscuro e duvidoso, mas seguro, seguro!

O tempo vai passando e o que antes era escura-mente ideal
Perde o sentido, precisa mudar.
Claro que sim! Tão claro assim quanto a segurança do antigo
Embora aquele, tão escuro, fosse suficiente pra mim.
Como a força de uma onda meus olhos insistem em abrir
Ao me deparar com a ausência do escuro
A angústia não me deixa ver

Aos poucos vou me acostumando
Na medida em que sigo sonhando
Já não me basta mais o escuro
Prefiro agora o brilho inseguro do experimentar constante
Ainda que de fugazes instantes.

Feminino

Temas recorrentes no discurso misógino medieval implicavam na manutenção do controle da mulher, impedindo-a, de acordo com a mentalidade da época, de influenciar diabolicamente o respeitável homem. Este é um dos exemplos históricos, provavelmente o menos dissimulado entre todos os outros, que deflagra a submissão imposta à mulher pela sociedade machista. Ideal que foi capaz de perdurar ao longo dos séculos, traduzindo um medo autenticamente masculino.
Acontece que tanto receio não pôde evitar o que veio a se concretizar no século XVIII, momento em que a família ocidental se vê desafiada pela irrupção do feminino junto ao advento da burguesia, que outorgou o lugar central no seio familiar à maternidade e permitiu à mulher a ocupação de um espaço social.
O declínio do poder onipotente do masculino é sublinhado pelo Édipo de Freud e a função paterna é colocada em cheque, correndo o risco de passar a ser um posto apenas simbólico, coadjuvante do interesse central das recém inauguradas ciências – sociologia e psicologia: a mulher e a família nuclear.
Em meados do século XVIII, inicia na Inglaterra a Revolução Industrial que se expande pelo mundo, funda a classe trabalhadora masculina e fixa a mulher dentro de casa, cuidando dos filhos, dos afazeres domésticos e garantindo o bem estar do marido que volta ao lar depois de um dia duro de trabalho.
Esta era a conjuntura sócio-econômica do mundo capitalista, quando acontecimentos marcantes do ponto de vista de toda a humanidade – as duas Grandes Guerras Mundiais, vêem manchar a história da raça humana e ao mesmo tempo determinar definitivamente o lugar da mulher, agora, no mercado de trabalho. Durante a guerra, a escassez da força masculina e a fome iminente impeliram a sociedade à quebra dos paradigmas das diferenças sexuais e o sexo “frágil” arregaçou as mangas e foi à luta! Mesmo longe dos campos de batalha.
Apesar da discriminação sofrida pelas mulheres que envolvia baixos salários, longas jornadas de trabalho, assédio sexual e maus-tratos dos chefes, gradativamente o trabalho feminino foi ganhando status e passou a ser importante na economia doméstica.
Ao chegar a meados do século XX, a família nuclear entra numa crise atribuída à questão da centralização familiar na figura da mãe e a família dita contemporânea se impõe, caracterizando-se como um arranjo em que dois indivíduos vivem juntos ao longo de um tempo de duração relativo, em busca de uma relação intima ou de realização sexual. Porém, a modernidade parece não ter conseguido aniquilar um aspecto do feminino que se manteve como um poderoso sinônimo cultural de mulher, a maternidade.
A realidade dos gêneros na era contemporânea passa a apresentar um contorno interessante, em meio às novidades do mundo moderno, uma idéia retroativa suscita: a mulher volta a ser um enigma. Para o homem por causa do impacto de seu novo papel social e para ela mesma, porque a intensa influência de padrões sociais que buscaram ligar a identidade feminina à identidade materna, parece ter gerado dificuldade no processo de definição de cada uma das suas auto-representações.
Nasce um novo recorte do feminino, que abrange perspectivas inusitadas e promove um momento único na história da humanidade, trazendo mudanças no campo das sexualidades e tendo como ponto de partida a reflexão do movimento feminista há 60 anos, que se destaca pelos entorses da crise do masculino em meio a ascensão do feminino.
Nos anos 50, Simone de Beauvoir lança os primeiros “flashes” de luz sobre a ótica feminista e acaba por enunciar o esboço da condição feminina universal:de uma posição social de subordinação que definia a identidade feminina como estando escorada no papel de reprodução biológica, para o nascimento da imagem da mulher como espécie política.
Na histórica frase: "Não se nasce mulher, torna-se mulher" da autora (BEAUVOIR, 1953) apresenta-se a identidade feminina como uma construção social e não um determinismo biológico. Desta forma, a hegemonia das explicações biológicas passa a ser repudiada e é substituída pela edificação social do feminino.
A mulher se vê diante de um novo tempo que promete independência, liberdade de escolha e de conduta marcado pelo advento da pílula contraceptiva.
Cada milímetro de espaço social e de autonomia alcançada pela mulher atinge de forma impactante a idéia sobre a definição social dos gêneros e, desta forma, flagra-se a banalidade de toda uma tradição antropológica que pretendia defender a ideologia da hierarquia entre os sexos, onde a dominação masculina se transforma em algo passível de ser naturalizada.

1 de outubro de 2009

Isso é coisa da sua cabeça!!

Eu gosto muito do quadro com este nome da Band News FM. Nele, a colunista Inês de Castro investiga impressões e verdades inquestionáveis, conceitos, que depois de ficarem algum tempo em voga, acabam recebendo o status de científico sem, muitas vezes, terem sido profundamente estudados. Idéias que penetram o senso comum e preenchem grande parte do que se considera real, são ‘in’-cucadas por muita gente e determinam comportamentos, preconceitos e escolhas.
Se colocarmos à parte o filtro de caráter educativo do programa da rádio, que acaba por definir temas em discussão, creio que encontraremos, profundamente inseridos em cada um destes assuntos, sentimentos de angústias e a busca por segurança comum a todos nós.
Fazendo então uma transferência desse raciocínio para a esfera humana do cotidiano, penso que as coisas que são “coisas da nossa cabeça”, não se limitam às questões existenciais ou comportamentais de um grupo de pessoas culturalmente afim.

Eu diria que boa parte das nossas opiniões inflexíveis estão relacionadas à tendências projetivas e paranóicas que, funcionalmente, ocupam nosso pensamento – consciente ou inconscientemente, e dão origem à teorias auto-referentes que investigam os sentimentos e a opinião dos outros ao nosso respeito.
Outra parte destas idéias, com características mais neuróticas, colabora para a criação e a manutenção de regras e rituais que garantam níveis toleráveis de ansiedade. No final, tanto umas quanto as outras se associam de alguma forma àqueles conceitos inquestionáveis e nos influenciam diariamente.
Quando nos invadem de supetão, “as coisas da nossa cabeça” provocam dúvidas intensas e nos levam à busca de explicações racionais que visam afastá-las do aqui e agora, movimento que não consegue impedir que voltem, nem que passemos bastante tempo tentando comprovar sua veracidade através da análise de situações suspeitas e sinais, por vezes imaginários, que corroborem pras nossas inconvenientes teses.
Nesse clima, qualquer indício de comprovação nos leva de volta ao começo de tudo, desfazendo todas as racionalizações protetoras e fazendo nascer uma pontinha de angústia e muita insegurança.
Coisas da nossa cabeça são mais do que um produto da função mental do pensamento.
Coisas da nossa cabeça não passam de coisas do nosso coração!

10 de setembro de 2009

Frio e Preguiça: uma combinação universal

Nem acredito que o tempo melhorou...! Acho que frio e preguiça nasceram colados, deve ser por isso que um influencia diretamente ao outro. Basta esfriar e coisas como: academia, trabalho, compras, arrumações e estudo, ficam pra depois!!! Matematicamente falando:

FRIO = PREGUIÇA = “ah, espera...daqui a pouco eu vou”!
Expressão que serve pra dar pra alguém que não “tá” entendendo o estado de espírito que uma pessoa pode adquirir no frio, ou para acalmar nosso próprio superego que, nestas ocasiões, insiste em pressionar.
Acontece que nossa bagagem de regras e deveres, valorizada pela era speed na qual vivemos, quer porque quer nos convencer que a preguiça, além de ser pecado é um dos 7 capitais! E eu nem quero imaginar a intensidade de pecado que há num que seja capital...urgh!
É, as vezes parece mesmo que o frio é apenas uma desculpa pra ficar preguiçoso, mas isso não é uma verdade absoluta.
O clima tem relação direta com nossa disposição, já que, para manter nossa temperatura interna estável, nosso organismo gasta energia. Como no frio esse gasto aumenta tendemos a ficar mais quietos para preservar nossas reservas energéticas.
Seja como for, o verão precisa chegar logo, porque do jeito que eu ando ultimamente estou quase me transformando num bicho preguiça: lenta, solitária, come pouco (apenas folhas)...ôou, é, nem tudo combina.
Achei um texto sobre a preguiça que é a minha cara no frio, (para entender siga a legenda no final do texto):
“Nada de descer da copa das árvores. Nada de disputar territórios. Nada de ir beber água. E nada de se alterar com os sons ao redor. O máximo de reação que se pode esperar de uma preguiça é uma camuflagem mais caprichada com os braços e pernas recolhidos e imobilidade total, caso surja alguma ameaça"

Legenda:
Copa das árvores = meu apartamento.
Territórios = shoppings, restaurantes, parques, etc.
Camuflagem mais caprichada = mais cobertores, mais peludos.
Ameaça = mais frio!

6 de setembro de 2009

Desejo de trazer esperança

Que a vida te surpreenda de alguma forma!
Que este dia seja menos amedrontador do que está se mostrando agora.
Que o poder de desesperar que seus medos têm se enfraqueça.
Que sua visão se alinhe à realidade das suas possibilidades
E te permita respirar pausadamente.

Se você pudesse ver do ângulo que eu posso.
Um ângulo livre da influência da ansiedade e da dor que seu coração sente...
Se você pudesse ver daqui da onde eu vejo,
Verdadeira e humanamente.

Se eu pudesse te daria meus olhos por alguns instantes, pra te fazer lembrar da sua essência, da sua beleza, “lembrar de você”!
Se eu pudesse te daria meus olhos!
Pra te trazer esperança!
“Fica” bem!

16 de agosto de 2009

O que faz você Feliz?


Eu tenho mania de TV ligada mesmo quando estou em outro canto da casa, deve ser algum tipo de síndrome que acomete pessoas que moram sozinhas. Acredito que seja diferente em lares cheios de pessoas e sons, mas acho que as duas situações têm seu lado positivo.
Enfim, como eu ia dizendo, TV aqui em casa: sempre alta e em geral no canal 47. Confesso que muitas vezes eu nem imagino qual a programação da emissora e não devo ouvir efetivamente nem 20% do que as atrizes e atores hollywoodianos dizem, mas sem exceção, todas as vezes que ouço a música do anúncio do Pão de Açúcar, algo acontece comigo.
Às vezes pode ser uma pausa tão, tão pequena que chega a permanecer na instância do inconsciente, mas o fato é que eu não fico indiferente a estrofe da música. Posso imaginar todas as mil coisas que me fazem feliz me passarem rápida e instantaneamente pela cabeça...
...diadesolchocolatebububeijonabocacasacheiabolodecenourapilatescorrerpsicologiameusofádormirbolsadeáguaquentenofriomacarronadamamãecookiedakopenhagensobrinhoscarpetenoquartoamigosaniversárioescreversobreoquesintodançarfreudnadaprafazernodomingodemanhãirmãossmallvillepraiaviagemdaraulacafécomamigosbatepaposempressairtrabalharapéestradanaidacozinhartomarvinhocomidajaponesamassagemabraçotvacaboumramalhetedemargaridascheirodeboloassandoperfumeadocicadocafunédarrisadaatéchorarcinemaparquevilaloboscobertordepelonofriolerjantaraluzdevelas....nossa! Quanta felicidade!
Isso me faz pensar numa conversa que tive há alguns anos com uma amiga. Nós meditávamos sobre como passamos tanto tempo da vida ansiando por grandes acontecimentos, grandes festas, viagens incríveis, aumento de salário, encontros espetaculares e declarações de amor de filme, mas que na verdade, a vida real é feita muito mais da mesmice do que qualquer outra coisa e nem por isso deixa de ser tão boa!
Aliás, é quando percebemos isso e passamos a viver cada situação, cada relacionamento, cada experiência da forma que se apresenta pra gente, sem desprezar a criatividade de deixar as situações melhores e os grandes e deliciosos acontecimentos inesquecíveis...que a vida fica mais gostosa de ser vivida!

14 de agosto de 2009

Nutritivo e Saboroso?!


Combinar sabor e saúde não é uma tarefa fácil!! Menos ainda para apaixonados por Massa, Pizza e Chocolate, grupo do qual eu assumidamente faço parte!
E pior agora que transformaram a magreza num sinônimo indiscutível de saúde. Fator, aliás, que tem levado muita gente a imaginar que comer pouco resolve tudo.
Sem dúvida os padrões estéticos são desumanos pra quem é bom de garfo e sem sentido se a preocupação for pela saúde!
Eu concordo plenamente que o ideal é nos mantermos longe da perigosa gordura localizada, especialmente a abdominal, por razões estéticas óbvias, mas também porque pode provocar enfartos com certa facilidade.
Mas quem de nós nunca caiu na cilada da dieta da sopa ou do “shake”!? Fora todas as opções de dietas milagrosas seguidas por qualquer assinante ou comprador assíduo de revistas em geral, ainda que muitas delas desconsiderem a quantidade calórica essencial diária e o equilíbrio nutritivo das porções e principalmente o prazer de comer.
O que dá pra deduzir é que todo mundo sabe, mas não pratica o que realmente faz diferença: mudar frenéticos hábitos alimentares.
Eu tenho tentado fazer mudanças pequenas e significativas na minha alimentação e descoberto boas opções pra combinar os conceitos de sabor e saúde.
Uma das coisas é substituir o arroz branco pelo integral.
Acontece que, além do chocolate, da macarronada e da pizza, eu adoro arroz branco! Feitinho na hora... nhãn, nhãn, nhãn! E como eu não gosto de feijão, sem o arroz, meu prato nem parece uma refeição.
Há três semanas decidi que iria aderir ao saudável e em minha opinião, pouco saboroso, arroz integral e assim tenho feito desde então. Tem dado certo, mas graças a um truque que faz realmente diferença, o espinafre!
Hoje vendendo saúde (rs), experimentei uma opção que além de ser bonita de ver pega o namorado pelo estômago, como diriam nossas avós! E já que os homens têm ido cada vez mais pro fogão...as namoradas também!

Filé mignon com arroz integral e salada de folhas e morangos

(Rende 2 porções)

Ingredientes:

a) Prato:

1 medida de arroz integral
1 colher de café de margarina Becel
1 dente de alho picado
1 porção generosa de espinafre
Salsinha e sal a gosto
2 medalhões de filé mignon grandes (150g à 200g)
1 colher de café de azeite e sal

b) Salada

8 talos de rúcula
10 folhas de alface americana
1 vidro de palmito
1 pepino pequeno para salada
10 morangos maduros
¼ xícara de azeite extra virgem
2 colheres de mostarda
1 colher de shoyo light
Sal a gosto
½ limão
1 colher de Quinua cozida

Preparo:

a) Prato:

Coloque a Becel e o alho juntos numa panela e em seguida, acrescente o arroz integral (lavado), deixe fritar durante 1 minuto e acrescente água fervendo (3x a porção do arroz). Tampe e deixe cozinhar em fogo baixo. Pique o espinafre e reserve.
Quando já tiver evaporado boa parte da água do arroz, jogue o espinafre picado e a salsinha. Tampe novamente e mantenha o fogo baixo.

Obs.: Enquanto o arroz cozinha lave e prepare o molho da salada e a Quinua (coloque três colheres de água numa leiteira e espere ferver. Jogue 1 colher de Quinua, espere a água secar e está pronta)

Depois que o arroz estiver quase pronto misture-o melhor ao espinafre. Esquente o azeite numa frigideira em fogo médio e coloque os medalhões jogando uma porção de sal sobre cada um dos lados. Se preferir ao ponto, pode tampar os medalhões enquanto fritam, caso contrário, deixe fritar um lado e vire.

b) Salada:

Em louças individuais (cumbucas) divida os ingredientes da salada em dois, decorando através da organização de cada ingrediente.
Misture o azeite, o shoyo, a mostarda e o limão e tempere com sal, acrescente a Quinua cozida e misture, coloque essa mistura numa molheira ou jogue diretamente sobre a salada.

Enfeite a mesa um vaso pequeno de flores e sirva o prato acompanhado de vinho tinto.

Para finalizar o almoço ou o jantar, sirva uma xícara de café preto e um pedaço de chocolate meio amargo com 70% de cacau da Kopenhagen.

7 de agosto de 2009

A conversa ainda não chegou na cozinha!

Fogão aceso, comida cheirando bem, barulho de pratos e talheres, burburinho de vozes e risadas! Desordem!


Longe do conforto das salas e dos sofás, tão bom quanto pra se estar junto! Cotovelos se esbarrando, licenças sendo pedidas, mais um pouco de risada. Fraternidade!


Descontração e diferentes sons, diferentes dos sons de outros cômodos da casa. Longe da distração da TV e junto de conversas ininterruptas. Fluência!


Pessoas soltas e pouco atentas, por vezes gritando “Cuidado”! Passa um mini furacão infantil e causa a impressão de que coisas cairão. Coisas antigas, coisas novas, coisas que quebram, coisas que cortam. Perigo!


Cheiro de intimidade pra quem é próximo e de proibição pra quem está de visita. Cheiros variados. Preferência de quem cozinha e desejo de quem espera pra provar. Água na boca!


Gostos e aparências; fome e vontade, satisfação e felicidade, conforto e completude. Prazer!


Pensamentos soltos, piadas contadas, risadas altas, “não entendi” atrasado, risadas longas. Humanidade!


Atenção e distração, um olho lá outro cá. Receita nova e repetição da leitura. Checagem de dada porção e o exato tempo de cozimento, uma pitada a mais com estilo. Pausa!


Farinha no rosto e no avental, farinha no bolo e na farofa, conversa vai, conversa vem, garfadas vêm, vinho acompanha. Sabor!


Acústica, barulhos e ecos. Ecos da acústica, ecos de concordância, ecos de aprovação! Cumplicidade!


A conversa ainda não chegou cozinha!! Que pena!

4 de agosto de 2009

Eu prefiro um sorriso!

Estes dias eu tava pensando como gente mau humorada é chata! Não digo aquelas pessoas que ficam esporadicamente de mau humor, essas são humanas!
Falo daquele tipo de pessoa ranzinza sabe?! Pessoas que reclamam de tudo e são extremamente críticas. Minha teoria é que mau humor contamina.
Pensa! Aquele dia que você se sente neutro, não está pleno de felicidade, nem se lembrando de uma ou outra piada, tá pacato!
Você chega numa roda e tem alguém reclamando, de cara fechada e com um grau de negatividade impressionante.
Se decidir permanecer no ambiente, putz! Aquilo entra de algum jeito em você, vai tomando espaço e não demora muito pra acabar com sua paz interior, basta alguém te pisar no pé, ou derrubar algo da sua mesa.
Mau humor é algo que precisa ser percebido logo, porque mais do que contaminar os outros ele contamina partes ainda saudáveis da nossa emoção.
E tem mais, minha teoria diz que o envelhecimento não atua apenas sobre os nossos órgãos, músculos e articulações, atinge o humor do ser humano e se ele for mau, não a pessoa, o humor dela, fica cada vez pior.
Se existisse uma ressonância magnética que identificasse mau humor, eu creio que veríamos a imagem de um lodo que vai se espalhando pra todos os lados, como um vírus qualquer que não se consegue mensurar a dimensão com que atinge o organismo.
Eu prefiro um sorriso! O sorriso também contamina, talvez por ser descendente da felicidade, da tolerância, do carinho, do equilíbrio. Numa ressonância emocional, o sorriso deve adquirir a forma de luz... de fogos de artifício, talvez?!
E se ele evoluir pra uma gargalhada, principalmente se for daquelas que faz a barriga doer e a gente tem que segurar pra não fazer pipi nas calças...nossa, deve dar uma ressonância incrível!!!

23 de julho de 2009

O amor alimenta a vida, a comida o corpo e ambos alimentam a alma!!

Não foram apenas as empresas de propaganda e marketing que entenderam a profunda relação entre a comida e o afeto, já cantaria o outro...”é o amoôor!”. A psicanálise foi a pioneira nesta identificação, os seguidores de Freud interpretavam a presença do “conteúdo alimento” em relatos de sonhos, de modo geral, como um representante do afeto e, posteriormente, tal idéia se estendeu às interpretações e análises de testes projetivos.
Hoje, até os psicólogos comportamentais entendem como, por exemplo, o excesso de comida, na maioria dos casos, evidencia sensação da falta do tão almejado amor do outro, ou de si mesmo, porque não dizer, da parte daquele que come.
Eu não sei qual a amplitude desta constatação pra você, mas pra mim é profunda! Eu amo comer e cozinhar me faz tão bem pro espírito que chega a atingir o mesmo patamar sagrado do de me alimentar. Salgados, doces, bolos...meu Deus! Bolos!
Acho que só quem gosta de cozinhar, e em minha opinião quem não gosta é porque ainda não começou, vai entender o que vou dizer. Não há dúvidas! Cozinhar é amar, é oferecer amor com gosto! Sem querer ser redundante.
E quando as pessoas elogiam, nossa! A gente vai às nuvens. Se não elogiam? Bom, neste caso, eu pelo menos pergunto sutilmente: “Ficou uma delícia não é?” Essa com certeza é a única situação na qual eu não me importo em requisitar elogios, mesmo porque, se a pessoa não achar uma delícia, eu só posso chegar a duas conclusões: ou está com estomago cheio, ou está com gripe e não consegue sentir o gosto direito.
Hoje comecei a escrever meu primeiro caderno de receitas, sei lá se isso está fora de moda, me lembro que minha mãe tinha um quando eu era criança, aliás, todas as receitas dela davam (ainda dão) certo e ela nem precisava (continua não precisando) ficar perguntando se a gente gostou, porque os “hummms” acompanhavam (acompanham) cada garfada!

Bolo de Iogurte - Fácil e Delicioso!

Ingredientes:
1 copo de iogurte natural (pode ser light se preferir)
1 copo de óleo de canola
2 ovos
2 copos de farinha de trigo
2 copos de açúcar cristal
1 colher cheia de fermento em pó

Preparo:

Pré-aqueça o forno por 15 minutos em temperatura média, unte a forma com manteiga e açúcar cristal.
Bata tudo no liquidificador, por aproximadamente 5 minutos ou até misturar bem, derrame a massa na forma untada e polvilhe açúcar cristal sobre ela.
Asse no forno médio por aproximadamente 40 minutos.
Acompanhado de café preto é perfeito!

11 de julho de 2009

Antes de assitir "Babel", vale a pena lembrar "Saramago!"

"Se antes de cada ato nosso nos puséssemos a prever todas as conseqüências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. Os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuindo, supõe-se que de uma forma bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles, infindáveis, em que já cá não estaremos para poder comprová-lo, para congratular-nos ou pedir perdão, aliás, há quem diga que isso é que é a imortalidade de que tanto se fala".

José Saramago, in Ensaio sobre a Cegueira

Babel...Breve Análise Fenomenológica

Quem pode contra a facticidade da vida? Como lidar com a finitude iminente?
O filme Babel nos faz pensar a respeito disso.
Numa trama que une pessoas de diferentes idades, culturas e possibilidades, pode-se encontrar conceitos discutidos pela Filosofia desde seu início na história da humanidade.
Perguntas que nos remetem ao sentido das nossas vidas, a impossibilidade de controle ou escolha diante de muitas situações, o encontro de novas possibilidades frente a diferentes acontecimentos, o fim inevitável a todos os seres humanos e a certeza de que...
“ A dor é universal e a esperança também!”
O filme Babel é de um teor emocional e realista fortíssimo e a escolha de uma ou duas cenas pra uma análise mais profunda é uma decisão difícil, mas escolhi uma e a lancei sobre ela um olhar Fenomenológico.

ENTRE A VIDA E A MORTE

As coisas perderam o sentido, a vida está se perdendo. Há poucos momentos a esposa de Richard sentia-se estressa e infeliz por estar num lugar que não havia escolhido estar. Mas estava! E já que estava ali, tentava buscar um sentido, mas seu esposo preferia o silêncio ou a fuga, como de costume. Há poucos momentos ela escolheu não beber coca com um gelo feito de uma água que não poderia comprovar-se pura, agora, ali está Susan, no chão de uma casa, aos cuidados de uma mulher com mãos sujas, sendo costurada em seu ferimento por uma agulha de um veterinário e mais tarde, fazendo xixi nas calças.

A morte iminente muda os significados, a fragilidade do ser humano é assim, em questão de segundos tudo pode mudar. Mas o esposo dela está ao seu lado e ela deseja sua presença. Richard também muda diante da finitude que ameaça levar com ela o seu amor. Novas possibilidades! Antes, Richard não podia encarar a dor da morte do filho, ele fugiu, agora, não faz mais sentido, ele pode, talvez tenha pouco tempo, talvez nunca mais possa! Ele precisa aproveitar, porque senão, como será encarar a culpa do não ter dito o que precisava ser dito? A culpa de não ter pedido perdão, de não ter repetido o ‘eu te amo’ que provavelmente havia perdido o seu lugar na relação há tempos?
Resta pouco tempo agora, a ambulância não chega, nem o helicóptero parece estar vindo. Os turistas partem com o ônibus. Egoístas? Ou simplesmente escolhendo cuidar de si mesmo? Quem pode julgar os significados e valores deles? Afinal, todos somos ser-para-morte não é mesmo? Será que não é instintivo tentar fugir deste destino? Como eles lidarão com a culpa caso Susan morra é outra história.

O que importa agora é o ser-com que envolve sim Richard e Susan, especialmente, mas também envolve o guia da excursão, solidariedade sem interesse, de alguém que mais tarde não aceitará o pagamento, em dólares, veja só! E a solicitude da senhora que abriu sua casa para receber Susan e que também cuidou dela? “Chamem um médico!”; “Por favor! Alguém me arrume um médico ou será tarde demais!” Pensamentos naturais, perfeitamente ajustados à condição humana, Richard chora!

Um médico, não! Um veterinário e mais uma demonstração de solidariedade que chega junto com a que poderia ser recebida com status de verdade absoluta se dada por cirurgião de Manhatan, mas que ecoaria com a mesma força no coração de Richard e Susan...”Se não fecharmos a ferida, ela irá sangrar até morrer!”

Morrer! Mas porque é tão difícil lidar com algo tão comum a toda espécie humana. Este casal mesmo já havia lidado com tantas pequenas mortes em tantas outras situações, será que se lembram do momento exato em que a comunicação perdeu o significado na vida a dois? Ou onde ficou valor que havia no hábito de andar de mãos dadas ou de dormir abraçados e/ou rirem juntos? Mas agora é diferente, é a perda pra sempre que desenha a facticidade deste casal. Um novo projeto precisa ser elaborado e Susan diz...” Se eu morrer, não abandone as crianças”! E Richard, ainda que desesperado com esta possibilidade responde: “Eu nunca os deixarei de novo”, a partir de agora o sentido da vida dele seria outro? Sim, seu destino corria o risco de mudar, mas na verdade já estava diferente, desde o momento em que ele se deparou com a sua mulher sangrando, logo após ter recebido o tiro.

Richard agirá de forma diferente agora, não os abandonará como fez com quando seu outro filho morreu. E quanto a Susan? Tão próxima daquilo que é o futuro de todos nós, a finitude, a morte...quais são as intenções que a levam a expressar através da linguagem...ainda que com pouca força pra falar a possibilidade de ser culpada, de ter sido considerada culpada, pelo marido, por ela mesma. Devedora! Faltante, ela diz – “Não foi minha culpa, ele não estava respirando” – não um falatório apenas, uma fala significativa, emocionada, talvez uma parte dela que esteve escondida, quem sabe irreconhecível na maior parte do tempo, revelando sentimentos que nem pra si mesma imaginou conseguir assumir, reconhecer como seus...autenticá-los!

A conversa deste casal, diante da finitude, foi terapêutica, pois foi significativa e permitiu uma nova forma de ser-com entre eles que irá gerar novas maneiras de ser-no-mundo. O objetivo era experimentar a presença um do outro, compreender era o verbo perfeito pra este encontro, junto com o mais importante de todos, amar. Conceitos e verdades absolutas foram deixados para trás e novos sentidos estavam se articulando, significados antes cristalizados caíam ao chão, pra ele, para ela, para toda a família.

10 de julho de 2009

Dia de folga

Alguém pode me dizer como se aproveita de verdade um dia de folga, sem ficar com a sensação de que se está deixando de fazer outra coisa que te faria aproveitar ainda mais?
Férias sem viagem é algo estranho, pelo menos pra mim. Fico com a sensação de que muitas oportunidades estão escoando entre meus dedos. Drama!
Faço listas do que fazer e acabo ficando com preguiça e passando o dia no sofá. Bom, não o dia todo, passo pelo menos 1 hora na academia, também depois de tudo que eu comi no sofá!
E todos aqueles planos de sair? Parque, cinema, compras, visitas a parentes, almoços com amigas, preparar um jantar pro namorado...nossa, só de pensar fiquei cansada, acho que vou voltar pro sofá.
Isso! Sofá, reprise de friends pela quinta vez! Uau! Isso que é saber aproveitar um dia de folga!!

Autoconhecimento

Me definir...?! Vivendo momentos tão diferentes em tão pouco tempo...amo mesmo a Psicanálise!Eu queria escrever algo diferente aqui, mas nada parecia passar perto de "quem sou eu".
De repente me dei conta que poucas foram as vezes que eu escolhi por mim mesma, acabava sempre decidindo a partir do outro, familia, amigos, amores...Agora, influenciada por muitas descobertas ao meu próprio respeito, me defino como alguém que deseja se ouvir! Mais do que isso, alguém que deseja explorar desejos pouco explorados, coisas que quero, mas tenho adiado ou simplesmente pensado pouco a respeito.Hoje sou alguém que tenta ouvir seu próprio coração, seus próprios sonhos...ouvir a si mesma!Esta é uma fase a respeito de sonhos..."sonhos que podemos ter"

Dá prazer de ler

‘A cura de Schopenhauer’, ‘Mentiras no divã’, ‘Quando Nietzsche chorou’ - escritos por Irvin D. Yalom, um psicanalista que depois de escrever livros didáticos de psicoterapia, iniciou a produção destes - de ficção, profundamente envolvidos com a psicanálise e a psicoterapia existencial. Os três são excelentes fica difícil preferir algum, embora, no fundo, realmente acho que ‘Quando Nietzsche chorou’ é imbatível, talvez pela minha ‘queda’ por Freud, talvez...!
‘O analista de Bagé’, o original, dos antigos (digo...não o lançamento ‘Todas as Histórias do Analista de Bagé’, recente obra de Luis Fernando Veríssimo). Eu tava querendo ler há algum tempo e encontrei num Sebo aqui perto de casa, acho que a única coisa que posso dizer deste livro é que paguei R$10,00 num livro IMPAGÁVEL!!!! Adorei!

Filosofando

Meu interesse sobre Filosofia tem aumentado, acho que é porque ela faz a gente pensar o todo, nos deixa mais distante das emergências do cotidiano ao mesmo tempo em que nos faz repensar o valor de todas elas.
Outro dia tentei ler 'Além do bem e do mal’ de Nietzsche, uma leitura interessante e proporcionalmente difícil, quer dizer, dificílima! Enfim, não consegui ir muito longe, mas numa coisa me fez pensar, que, durante o curso de Educação Física, em meio a aprendizagem das regras de voley, basquete, handball; entre o estudo da técnica da natação e do atletismo, diante da beleza e a graciosidade dos movimentos de ginástica rítmica, ginástica olímpica e dança folclórica; entre as gargalhadas nas aulas de recreação e ginástica infantil e enquanto eu decorava a localização e as funções de: bíceps, tríceps, crista ilíaca, popliteo, esternocleidomastóide e manguito rotador de ombro, deveria ter lido mais!

Acha pouco? É, realmente não é o melhor insight do mundo, mas é um começo.

8 de julho de 2009

Balance

O significado da palavra Balance sempre me intrigou. Admirava as pessoas que tinham equilíbrio: emocional, expressivo, físico, relacional. Ao mesmo tempo, eu achava estranho e as vezes inatingível, tal patamar.
Talvez porque a minha personalidade sempre me impediu de ser assim, me impelindo a risadas altas, choros longos, abraços apertados, movimentos rápidos e comentários muito, muito indiscretos.
Acontece que estou ficando mais velha e tenho pensado que o equilíbrio está, de certa forma, contido na maturidade. Continuo rindo alto e minha indiscrição as vezes me vence e só me resta pensar..."ops! acho que falei demais!". Mas tem algo em mim mais equilibrado e acho que se refere a maneira de ver a vida.
Mas esta ainda é uma análise embrionária, rudimentar eu diria. Um começo pouco balanciado, engatinhando a futuros e mais profundos exames e suas consequentes constatações.