13 de outubro de 2009

À luz da escuridão

Olhos fechados, prefiro não abrir
Medo de olhar, medo de ver, de constatar
O escuro é seguro ainda que eu nada veja
E esse medo que não chega de assustar e me prender
A voz se cala e de muda, grita!
Num tom inaudível tenta despistar, destemer
O profundo escuro obscuro e duvidoso, mas seguro, seguro!

O tempo vai passando e o que antes era escura-mente ideal
Perde o sentido, precisa mudar.
Claro que sim! Tão claro assim quanto a segurança do antigo
Embora aquele, tão escuro, fosse suficiente pra mim.
Como a força de uma onda meus olhos insistem em abrir
Ao me deparar com a ausência do escuro
A angústia não me deixa ver

Aos poucos vou me acostumando
Na medida em que sigo sonhando
Já não me basta mais o escuro
Prefiro agora o brilho inseguro do experimentar constante
Ainda que de fugazes instantes.

3 comentários:

Karol disse...

O que é isso? Deise Pessoa? Vc anda muito profunda ultimamente, heim?! Beijinhos...

Dd. Navarro disse...

Rs...profundamnete inspirada eu diria, beijos!

Lu disse...

A-do-rei!!! Lindo demais!!!