19 de maio de 2012

“Um Conto Chinês”


Ontem assisti ao filme premiado no Festival Internacional de Cinema de Roma em 2011, protagonizado por Ignacio Huang e Ricardo Darín. 
“Um Conto Chinês” é uma comédia dramática argentina escrita e dirigida por Sebastián Borensztein que fala do encontro entre Roberto e Jun e da conexão insólita entre eles, revelada apenas no final da trama. 
A curiosidade no nome do filme é que a expressão "conto chinês" na Argentina equivale à nossa "história de pescador", ou seja, uma referência a algum acontecimento improvável e fantasioso. 
A história começa mostrando o cotidiano de Roberto, um homem bastante metódico e rabugento dono de uma loja de ferragens em Buenos Aires, que tem sua vida invadida por Jun um chinês que chega à cidade à procura de um tio.
A relação entre ele é bastante inusitada, pois além da impossibilidade de comunicação por causa dos diferentes idiomas que falam, os objetivos de cada um deles são bem distintos, Roberto busca o isolamento e Jun busca companhia familiar.
O filme me fez pensar em diferenças e semelhanças, bem como em aspectos humanos, bons e maus, que se mesclam e se organizam em função de vivências traumáticas e de experiências relacionais.
O filme também me deu esperança de haver alguma lógica inteligível nos eventos mais dolorosos e inesperados da vida, ou pelo menos a existência de um funcionamento compensatório, por falta de uma palavra melhor, e por isso, reconfortante.
Coisas da vida, bons encontros, recomeço, destino, luto, dar tempo ao tempo...uma chuva de expressões embaralham-se na minha mente.
Talvez algum dia elas possam se organizar e formar novas frases e novos textos.
“Um conto chinês” foi pra mim um bom estímulo para me fazer pensar e sentir, como toda boa arte!

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