Nem acredito que enfim chegaram as férias...eu estava MESMO precisando! Gosto demais de férias, mas quem não gosta?!
Quando eu era criança, sonhava pra que chegassem logo e aproveitava ao máximo cada segundo. Brincadeiras de rua eram as minhas prediletas: queimada, taco, esconde-esconde e pega-pega. Os patins também não ficavam pra trás, era tudo tão divertido! Férias das aulas de Piano, do ballet, da escola...! Tudo que havia pedido a Deus.
Acordar mais tarde, nada de dormir cedo e nem de lição de casa pra fazer. Professora agora, só eu mesma! Eu tinha uma lousa tamanho família e adorava dar aulas pras minhas amigas e primas na garagem de casa.
Também me lembro das noites de férias lá em casa, tínhamos uma mesa de Snoker e outra de Pebolim, “brinquedos” suficientemente atraentes pra juntar a meninada toda num salão que ficava nos fundos da casa. Estas noites eram incríveis!
Mas de todas estas lembranças existem algumas que ocupam o lugar de sessões especiais de férias, as viagens. Minha mãe conta que numa sexta-feira à tarde, meu pai chegou e disse:
"Vamos dar uma volta!", colocou a família toda no carro e foi dirigindo sentido a Rio Santos, parou em Parati e depois em Angra até que chegamos no Rio de Janeiro e ele decidiu:
"Melhor dormirmos por aqui!". Passamos numa loja e compramos pijamas e, por fim, passamos o final de semana por lá mesmo.
Meu pai e depois todos nós lá de casa, era apaixonado pelo Rio de Janeiro (cidade onde ele serviu no exército com pára-quedista) Copacabana de preferência e embora tenhamos feito muitas viagens de carro a outros lugares como Argentina, Uruguai, Foz do Iguaçu, Bahia e Rio Grande do Sul, entre outros, o Rio sempre nos pareceu o melhor destino.
Por exemplo, o Ano Novo, sempre no Rio! Que continuava, ano após ano, lindo!
Estas viagens de carro eram boas desde os primeiros momentos na estrada. Minha mãe cantava músicas e contava histórias, obviamente, nos intervalos das fitas que tocavam os Boleros prediletos do meu pai. De vez em quando ainda acordo cantando ou assoviado algum deles.
Meus irmãos me obrigavam a sentar no meio do banco e eu, caçula, não tinha muito como discutir, morria de inveja de não ir sentada na janelinha. Mas teve uma vez que consegui! Fui na melhor janelinha de todas, a janelinha do avião no qual fizemos nosso primeiro vôo, Ponte Aérea São Paulo-Rio, lógico. Isso foi incrível!
Hoje, adulta, em meio aos preparativos pra minha viagem de férias da próxima semana, me peguei com essas lembranças na mente e me deu uma saudade tão grande...!
Saudades das minhas férias de infância e saudades do meu pai.